Conta o The Guardian que as mães acreditam que o facto de terem comidos bagels com sementes de papoila ao pequeno-almoço — juntamente com as drogas sensíveis usadas nos hospitais — levou aos 'falsos positivos' nos testes realizados pelas equipas médicas. Agora, as mulheres estão a processar os hospitais envolvidos, com apoio da Associação das Liberdades Civis, que também defende que os testes são uma violação de privacidade.

"Sinto-me violada. Esta situação tem sido muito complicada e virou as nossas vidas do avesso. Com o que aconteceu vivo agora com medo de testes médicos, porque podem ser usados contra mim", afirmou Kaitlin K, uma das mães, em comunicado citado pelo jornal britânico.

"Descobri mais tarde que o laboratório usava um limite de teste muito, muito inferior ao que o governo federal usa", acrescentou.

A outra mãe, identificada como Kate L, referiu ao The Guardian que a sua recém-nascida foi mantida no hospital na unidade de terapia intensiva neonatal (UTIN) por mais tempo do que o clinicamente necessário.

"Nos primeiros quatro dias [após o nascimento], não sabíamos que estávamos a ser investigadas. O hospital não estava a fazer nada, estavam apenas a mantê-la lá. Questionámos um pouco, mas pensei que apenas trabalhavam para os nossos melhores interesses", disse.

"Eu sabia que ela estava bem. Estava a comer da forma que eles queriam que ela comesse. Era uma recém-nascida normal. Uma vez que recebemos alta, e quando soube que estavam a investigar-nos, [pensámos que] não confiamos mais nos médicos. Porque eu já sabia que eles tinham mentido sobre o teste de drogas", evidenciou.

Apesar da ideia de que as sementes de papoila possam dar resultados positivos em testes de drogas, o Departamento da Agricultura dos Estados Unidos da América diz que isso não é possível.

Porém, o Departamento de Defesa dos EUA tinha emitido um comunicado no passado a dizer que os seus membros, antes de testes de droga, não deveriam consumir alimentos com sementes de papoila, com risco de testar positivo ao ópio.