“Mafra vai receber o Congresso Mundial de Carrilhão em 2026, na sequência da candidatura apresentada pelo Palácio Nacional de Mafra (PNM), sob tutela do Ministério da Cultura português, e pelo Município de Mafra”, referiu esta autarquia do distrito de Lisboa em nota de imprensa.
A candidatura foi submetida à Assembleia Geral da Federação Mundial de Carrilhão, no último congresso, que decorreu de 24 a 31 de agosto, em Utrecht (Países Baixos).
O congresso em Mafra, que vai ser organizado sob a direção artística de Abel Chaves, vai “focar o tema da música automática, processo musical que inspirou o carrilhão moderno, assim como debater a problemática da conservação e manutenção do carrilhão, com o contributo de musicólogos, campanologistas e carrilhanistas”.
O programa contempla apresentações temáticas, workshops, visitas especializadas e concertos.
Os dois carrilhões e os 119 sinos do Palácio Nacional de Mafra, repartidos por sinos das horas, da liturgia e dos carrilhões, constituem o maior conjunto sineiro do mundo, sendo, a par dos seis órgãos históricos e da biblioteca, o património mais importante do Palácio Nacional de Mafra, classificado como Património Cultural Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), em julho de 2019.
Estima-se que os sinos mais pesados tenham 12 toneladas.
O conjunto sineiro, que esteve 20 anos sem tocar por falta de obras e foi classificado como um dos “Sete sítios mais ameaçados na Europa”, pelo movimento de salvaguarda do património Europa Nostra, foi sujeito a obras de restauro que terminaram em 2020, num investimento de 1,7 milhões de euros.
Além dos carrilhões de Mafra, o Centro Internacional do Carrilhão e do Órgão, sediado em Constância, possui um carrilhão itinerante, composto por 63 sinos, a pesarem um total de cerca de sete toneladas.
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