Na mensagem enviada esta semana, José Luís Carneiro lembrou o “trabalho preparatório” desenvolvido durante o outono e o inverno e enfatizou o “papel fundamental” dos autarcas, uma vez que “são os máximos responsáveis pela proteção civil no seu município”. O ministro sublinhou ainda que 64% dos incêndios desde o início do ano se deveram a negligência.
“Fizemos tudo o que estava ao nosso alcance para que estivessem reunidas boas condições para, à imagem dos anos transatos, dispormos de um dispositivo capaz de enfrentar aquele que é, desde há muito, um verdadeiro desafio nacional. No período que se avizinha, peço, pois, a V. Exa. mais um esforço adicional de apelo aos cidadãos para que adotem atitudes e comportamentos responsáveis”, diz José Luis Carneiro na carta aos autarcas.
Sobre as condições disponibilizadas este ano para a época de incêndios, José Luís Carneiro assinalou a verba de 54,7 milhões de euros canalizada para o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR), as 723 equipas de intervenção permanente nos corpos de bombeiros e os 67 meios aéreos existentes, que representam um acréscimo de sete meios face ao ano passado.
Entre as forças associadas ao DECIR estão elementos da Força Especial de Proteção Civil, dos Bombeiros, do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas, da Guarda Nacional Republicana, da Polícia de Segurança Pública e da empresa de proteção florestal Afocelca. “A estas Entidades junta-se o apoio, entre outros, do IPMA, da PJ, das Forças Armadas, da AGIF, da SIRESP e do INEM”, pode ler-se na carta.
Sem deixar de invocar os riscos potenciados pelas alterações climáticas e pela seca, o ministro frisou também a aplicação no território nacional de mais de uma dezena de orientações técnicas retiradas da análise da época de incêndios de 2022 e o acolhimento de 65 bombeiros provenientes da Eslovénia e da Finlândia, além da integração de meios aéreos portugueses no âmbito do dispositivo europeu de resposta a incêndios.
“A proteção das vidas humanas, dos bens e da biodiversidade depende do aproveitamento sustentável da floresta, mas, também, da prevenção estrutural, da resiliência das comunidades e de dispositivos de combate bem preparados e equipados”, resumiu.
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