Em conferência de imprensa, Leal da Silva anunciou que uma delegação de diferentes ministérios se deslocou à Alemanha, a convite do Governo daquele país, para certificar se 241 reclusos em duas prisões alemãs seriam nacionais da Guiné-Bissau.

“Entre 30 de agosto e 07 de setembro estivemos na Alemanha e apresentaram-nos 241 reclusos como sendo guineenses, mas na verdade apenas 29 é que eram cidadãos da Guiné-Bissau”, observou Leal da Silva.

O dirigente disse que os 29 reclusos falam o português, crioulo e dialetos da Guiné-Bissau, os restantes apresentam-se como naturais de Bafatá e Gabu, localidades do leste do país, “mas nem sequer sabem os nomes dos bairros” daquelas cidades, notou.

“São cidadãos da Gâmbia, Guiné-Conacri, Senegal e Serra Leoa munidos com documentos falsos da Guiné-Bissau”, defendeu o diretor-geral dos Serviços de Migração, Estrangeiros e Fronteiras.

“São os próprios reclusos guineenses que os ajudam a obter o registo de nascimento, cédula pessoal da Guiné-Bissau, que chegam até às prisões através [da plataforma social] de WhatsApp”, explicou Lino Leal da Silva.

O esquema, referiu o dirigente, passa pelo pagamento a um recluso guineense que, por sua vez, manda o dinheiro para um familiar na Guiné-Bissau que vai a uma conservatória e faz o registo civil do cidadão como sendo natural do país.

O diretor-geral dos Serviços de Migração, Estrangeiros e Fronteiras disse que em várias prisões europeias existem pessoas que se apresentam como naturais da Guiné-Bissau, mas que na realidade possuem documentos falsos do país.

Lino Leal da Silva chamou atenção do Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos sobre a necessidade de reforçar o controlo nas conservatórias onde é feito o registo civil de cidadãos guineenses, lembrando que registar uma pessoa sem ser de forma presencial “é um crime”.

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