Para Adalberto Campos Fernandes, haverá este ano um “ponto de viragem” no INEM, com “o maior investimento em equipamentos, em meios e em recursos humanos” que o instituto “alguma vez teve”.
Segundo informação oficial divulgada pelo INEM, trata-se de um investimento de 3,7 milhões de euros na renovação da frota de ambulâncias, sendo que este ano vão ser assinados protocolos com corporações de bombeiros para a compra de 75 ambulâncias dos postos de emergência médica.
Estes postos do INEM funcionam em corporações de bombeiros ou delegações da Cruz Vermelha Portuguesa com acordos com o instituto para dar resposta a emergências médicas pré-hospitalares.
“O plano do INEM para a renovação da frota prevê que se proceda à substituição de 75 ambulâncias em cada ano entre 2018 e 2021, altura em que a frota de ambulâncias se encontrará totalmente renovada”, refere o instituto.
Esta renovação da frota é marcada por uma nova forma de comprar ambulâncias. Em vez de ser o INEM a comprá-las, as viaturas são adquiridas diretamente pelas corporações de bombeiros.
O instituto paga uma verba de 50 mil euros para a compra, manutenção e seguro da ambulância e, a partir do primeiro ano de vida, ainda vai subsidiar as corporações de bombeiros nas despesas com manutenção e reparações.
Esta nova metodologia decorreu de negociações com a Liga dos Bombeiros Portugueses e com a Autoridade Nacional de Proteção Civil.
O investimento do INEM nas novas ambulâncias foi hoje anunciado pelo ministro da Saúde, numa cerimónia que decorreu no quartel dos bombeiros de Carcavelos e São Domingos de Rana.
Além do reforço de equipamentos, no seu discurso durante a cerimónia, o ministro Adalberto Campos Fernandes considerou que “há muitos anos que o INEM não tinha tantos profissionais”, anunciando que na terça-feira serão oficialmente recebidos cerca de 100 novos técnicos de emergência pré-hospitalar.
Confrontado depois pelos jornalistas com dados de alguns partidos da oposição que apontam para cerca de 400 profissionais em falta no instituto, o ministro disse que se baseia em factos e em dados oficiais objetivos.
O presidente do INEM, Luís Meira, admite que o mapa de pessoal do instituto prevê 1.700 trabalhadores, quando atualmente há cerca de 1.300. Contudo, recorda que os 1.700 previstos já contemplam um “aumento da atividade operacional”.
“Mais do que olhar para trás e olhar para o mapa de pessoal, interessa-nos garantir que temos os recursos humanos para aquela que é a nossa atividade operacional no momento”, afirmou Luís Meira aos jornalistas.
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