De acordo com dados do recenseamento eleitoral, estão inscritos para estas eleições 8.723.805 eleitores, numa votação que vai decorrer em todo o país das 07:00 às 18:00 (menos uma hora em Lisboa), para escolha de 65 presidentes dos Conselhos Municipais e dos eleitos às respetivas Assembleias Municipais.

Moçambique está a iniciar um novo ciclo eleitoral, que, além da votação de hoje, prevê eleições gerais em 09 de outubro de 2024, nomeadamente com a escolha do novo Presidente da República, cargo ao qual o atual chefe de Estado, Filipe Nyusi, já não pode, constitucionalmente, candidatar-se.

Concorrem a estas eleições autárquicas mais de 11.500 candidatos de 11 partidos políticos, três coligações de partidos e oito grupos de cidadãos, tendo a Comissão Nacional de Eleições (CNE) determinado 1.486 Locais de Constituição e Funcionamento das Assembleias de Voto e 6.875 mesas de Assembleia de Voto e contratado 47.495 membros das mesas de voto.

Os eleitores moçambicanos são chamados a escolher autarcas de 65 municípios, incluindo em 12 novas autarquias aprovadas por Conselho de Ministros em outubro de 2022, que se juntam a 53 já existentes.

O processo eleitoral contará com mais de 20.311 observadores nacionais e pelo menos 80 internacionais, das missões diplomáticas acreditadas em Moçambique, além de 866 jornalistas e 364 delegados de candidatura, segundo dados atualizados esta semana pela CNE.

Nas eleições autárquicas de 2018, a Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, no poder) venceu em 44 das 53 autarquias e a oposição em apenas nove – a Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) em oito e o Movimento Democrático de Moçambique (MDM) em uma.

Estas eleições deverão custar 9,7 mil milhões de meticais (138 milhões de euros), segundo informação da CNE.