“A venda de livros aumentou mais de 30%”, disse José Pinho, curador do Folio Mais, capítulo do festival dedicado à programação autónoma de editores e livreiros, estimando que no conjunto as 14 editoras presentes do Folio tenham vendido “entre os 4.000 e os 8.000 livros”.

Num balanço feito à agência Lusa o também administrador da Ler Devagar considerou ter havido, ao longo dos 11 dias do Folio, “mais público do que em algumas edições anteriores”, uma vez que “apesar de haver várias iniciativas a decorrer em simultâneo as salas estiveram sempre cheias”.

Ana Sousa Dias, curadora do Folio Autores (em parceria com Pedro Sousa), destacou, para além do público numeroso em todas as sessões, o facto de “ser um público interessado que não vem fazer turismo, que vem para ouvir novas ideias e que sai daqui estimulado”.

Com mais de 500 participantes oriundos de quatro continentes, “esta edição superou todas as expectativas, com novos públicos, novos atores e a comunidade local a ganharam um lugar que é, no campo da literatura, um dos palcos mais importante do país”, considerou o presidente da Câmara Municipal de Óbidos, Humberto Marques.

Ao balanço “muito positivo”, a autarquia vai agora juntar “uma reflexão para melhorar mais ainda” evento que “é já uma marca altamente consolidada nos contextos nacional e internacional”, sublinhou o autarca.

No final do festival, que encerrou no domingo, Humberto Marques disse ainda que o formato organizativo do festival “não vai ser alterado”, na sequência do repto deixado pela secretária de Estado da Cultura, Ângela Ferreira, para que a organização se constituísse em associação para poder ser apoiada financeiramente pelo Ministério da Cultura.

“Há outros fundos e programas através dos quais o Folio pode ser apoiado”, afirmou o presidente da autarquia que, nas últimas três edições, suportou juntamente com parceiros (fundações, embaixadas e entidades privadas) o festival cujos custos rondam “1,5 milhões de euros”.

Com ou sem apoios estatais, o festival voltará a Óbidos no próximo ano sob o tema “O outro”, numa edição que dará destaque a questões como a problemática dos refugiados.

O Folio decorreu na vila entre os dias 10 e 20 de outubro, com mais de 450 horas de programação em torno da literatura.

Sob o tema “O Tempo e o Medo” mais de meio milhar de convidados de quatro continentes participam em 16 mesas de escritores, 12 exposições e 13 concertos integrados na programação.

Organizado em cinco capítulos (Autores, Folia, Educa, Ilustra e Folio Mais) o festival teve a sua primeira edição em 2015, num investimento de meio milhão de euros, comparticipados por fundos comunitários, sendo desde então custeado pela autarquia e por parceiros institucionais como a fundação Inatel que este ano passou a assumir a organização da Folia.

Porque o seu tempo é precioso.

Subscreva a newsletter do SAPO 24.

Porque as notícias não escolhem hora.

Ative as notificações do SAPO 24.

Saiba sempre do que se fala.

Siga o SAPO 24 nas redes sociais. Use a #SAPO24 nas suas publicações.