Numa conferência de imprensa, em Lisboa, a PSP assegurou que vai acompanhar estas manifestações e garantir a segurança, fazendo um apelo à tranquilidade de todos os cidadãos.
“Fazemos também um apelo aos promotores de ambas as manifestações para que colaborem com a Polícia na perspetiva de nos ajudar a identificar eventualmente grupos que se infiltrem na sessão das manifestações para provocar violência”, disse o Superintendente Luís Elias, comandante Metropolitano da PSP.
O movimento Vida Justa realiza hoje em Lisboa uma manifestação para reclamar justiça pela morte do homem baleado por uma agente da PSP, estando também convocado para a mesma hora um protesto do Chega “em defesa da polícia”.
A manifestação do Vida Justa vai começar no Marquês de Pombal pelas 15:00 e estava inicialmente prevista para terminar na Assembleia da República, mas o movimento alterou o percurso por terminar no mesmo local da contramanifestação do Chega.
A manifestação do Vida Justa, que vai terminar na Praça dos Restauradores”, foi anunciada na quinta-feira pelo movimento, para reclamar justiça pela morte de Odair Moniz, o homem de 43 anos baleado por um agente da PSP após uma perseguição policial na Amadora.
A PSP vai condicionar hoje a Praça do Marquês Pombal, Avenida da Liberdade, Praça dos Restauradores, Avenida Braamcamp, Avenida Alexandre Herculano, Rua de São Bento, Praça do Município, Rua do Arsenal, Rua do Comércio, Rua Nova do Almada, Rua Garrett, Praça Luís Camões, Calçada do Combro e Rua Dom Carlos I.
Odair Moniz, de 43 anos e morador no Bairro do Zambujal, na Amadora, foi baleado por um agente da PSP na madrugada de segunda-feira, no Bairro da Cova da Moura, no mesmo concelho, e morreu pouco depois, no Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa.
Segundo a PSP, o homem pôs-se “em fuga” de carro depois de ver uma viatura policial e “entrou em despiste” na Cova da Moura, onde, ao ser abordado pelos agentes, “terá resistido à detenção e tentado agredi-los com recurso a arma branca”.
A Inspeção-Geral da Administração Interna e a PSP abriram inquéritos e o agente que baleou o homem foi constituído arguido.
Desde a noite de segunda-feira registaram-se desacatos no Zambujal e, desde terça-feira, noutros bairros da Área Metropolitana de Lisboa.
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