No discurso da tomada de posse, Chris Tang Ping-keung apontou como prioridade refutar as “notícias falsas” que têm manchado a imagem das forças policiais, cujo propósito é “manter a lei e a ordem” no território mergulhado numa grave crise social.
De acordo com a emissora local RTHK, o comissário foi questionado pelos jornalistas sobre a recente atuação da polícia, na sequência de acusações de uso excessivo de força durante os quase seis meses de protestos na antiga colónia britânica.
Sobre esta matéria, Tang disse apenas que tem assistido a uma “maciça infração da lei em Hong Kong” e que um determinado setor da sociedade “admite essas atividades ilegais”, pelo que a polícia “tem de fazer cumprir a lei”.
O novo comissário assegurou ainda que vai proteger e apoiar os agentes aquando da aplicação da lei.
Um discurso que se alinha com as palavras do Presidente chinês, Xi Jinping, que na semana passada disse “apoiar fortemente” o governo de Hong Kong e a polícia, ao considerar que a tarefa mais importante, agora, é “acabar com a violência e restaurar a ordem”.
Tang está na polícia há mais de 30 anos e substitui Lo Wai-chung, que se reforma ao final de 35 anos de serviço.
O Governo de Hong Kong afirmou que a nomeação de Tang foi feita “por recomendação e nomeação” da chefe do Executivo, Carrie Lam, mas com a aprovação final do Conselho de Estado chinês.
Um processo similar à eleição do chefe do Executivo, por sufrágio indireto, uma das cinco reivindicações dos manifestantes.
Além do direito de nomear e eleger diretamente o chefe do Executivo, os manifestantes exigem também a criação de uma comissão de inquérito para investigar as acusações de brutalidade policial.
Sobre isto, o novo comissário disse acreditar que o atual Conselho Independente de Queixas da Polícia é o mais adequado para o efeito.
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