O anúncio data de 02 de agosto e foi feito através de um comunicado publicado na página da Comissão dos Mercados e Valores Mobiliários (CMVM).

Na nota lê-se que Manuel Queiró foi eleito para o mandato 2018/2020.

“Por deliberação social unânime por escrito datada de 31 de julho de 2019 efetuada ao abrigo da primeira parte do n.º 1 do artigo 54.º do Código das Sociedades Comerciais, o Estado português, na qualidade de acionista único da STCP, deliberou proceder à eleição como presidente executivo do Conselho de Administração da STCP Manuel Tomás Cortez Rodrigues Queiró com eleitos a 01 de setembro de 2019”, lê-se no comunicado.

Manuel Queiró, engenheiro civil, que ganhou experiência no setor ao liderar a Comboios de Portugal, cargo assumido no Governo de Pedro Passos Coelho, substitui Paulo Azevedo no cargo, depois de o ex-dirigente ter pedido a demissão no final de junho.

O novo presidente do Conselho de Administração da STCP foi deputado e secretário-geral do CDS-PP.

Na quarta-feira, a STCP comunicou à CMVM que o Estado aumentou o capital social da empresa passando-o para cerca de 302 milhões de euros.

Na nota, a STCP apontava que o Estado português, na qualidade de acionista único, realizou em julho dois aumentos de capital social.

“Deste modo, o capital social da STCP é atualmente de 302.539.065 euros, representado por 60.507.813 ações em forma meramente escritural com valor nominal único cinco euros”, descrevia a comunicação da STCP publicada pela CMVM.

Também na quarta-feira foi assinado o memorando de entendimento que visou a intermunicipalização da STCP, numa cerimónia que juntou, no Museu do Carro Elétrico, no Porto, o primeiro-ministro, António Costa, o ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, e os presidentes de câmara dos municípios que vão agora gerir a empresa, enquanto à porta, algumas dezenas de trabalhadores da empresa empenhavam uma faixa onde se lia “E nós não somos ouvidos? Exigimos respeito!”.

São seis as Câmaras que terão participação na gestão: Porto, Vila Nova de Gaia, Maia, Matosinhos, Valongo e Gondomar.

De acordo com o documento assinado, no total, e até 2023, os seis municípios da Área Metropolitana do Porto vão gastar 58,3 milhões de euros.

O Porto será quem mais dinheiro investe (31,3 milhões), estando Valongo no fundo da tabela (3,1 milhões).

Na cerimónia António Costa considerou que a intermunicipalização da STCP constitui “um excelente exemplo de uma efetiva reforma do Estado”, enquanto João Pedro Matos Fernandes elogiou as autarquias considerando que deram “um passo corajoso”.

Já o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, defendeu que o investimento na mobilidade “é o mais importante de todos”, ideia também destacada pelo presidente da Área Metropolitana, Eduardo Vítor Rodrigues, que considerou que o processo de intermunicipalização da STCP “contribuiu para um reforço da emancipação da Área Metropolitana”.