“Tenho acompanhado, podem ter a certeza, e continuarei a acompanhar”, disse Marcelo Rebelo de Sousa a um grupo de trabalhadores que o aguardavam à chegada ao aeroporto para “lhe pedir ajuda” a desbloquear o “inferno” que estão a viver.
O Chefe de Estado, que hoje tomou posse para um novo mandato, afirmou que o primeiro-ministro, o ministro e o secretário de Estado se têm “empenhado muito” para resolver a situação da Groundforce.
“Podem ter a certeza, que eu sou testemunha disso, que o Governo está a fazer tudo o que pode para desbloquear a situação”, frisou.
Mais de duas centenas de trabalhadores da Groundforce manifestaram-se hoje no aeroporto do Porto para denunciar a situação “extremamente grave” que vivem e pedir ajuda ao Governo para salvar a empresa de “handling” (assistência em terra).
Os cerca de 2.400 trabalhadores da Groundforce aguardam ainda pelo pagamento dos salários de fevereiro e receiam a perda dos postos de trabalho, caso seja pedida a insolvência da empresa, depois de não ter sido alcançado acordo entre o acionista privado, a Pasogal (50,1%) e a TAP (49,9%).
Segundo fonte oficial do Ministério das Infraestruturas e da Habitação, as negociações, que já se arrastavam há vários dias, falharam, porque Alfredo Casimiro, dono da Pasogal, não pode entregar as ações como garantia para o empréstimo, uma vez que já se encontram penhoradas.
Em causa estão as negociações para um adiantamento de 2,05 milhões de euros para pagamento de salários em atraso, relativos a fevereiro, que seria feito pela TAP à Groundforce, em que as ações da Pasogal seriam dadas como garantia.
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