O atual Presidente dirigiu “três palavras muito breves” à fundação, tendo a primeira sido de “gratidão a todos os que conceberam, criaram, cimentaram e converteram Serralves num exemplo nacional e universal”, saudando “os que já nos deixaram e que ainda cá se encontram, na pessoa do senhor Presidente Aníbal Cavaco Silva”, que também se encontrava na sala.

“Foi ele, no final dos anos 80, quem deu o impulso decisivo à instituição. Afirmá-lo hoje, como ontem, como sempre, é testemunhar memória e não silenciar a gratidão”, afirmou o chefe de Estado, sublinhando esta palavra-chave, antes de partir para a segunda, "louvor".

Marcelo Rebelo de Sousa escolheu “louvor”, para sublinhar o “percurso notável” de Serralves, que ultrapassou “dúvidas, reticencias, suspeições, invejas e desânimos”, traduzindo-se em “qualidade, inovação, abertura ao saber e saber fazer, sentido comunitário”, entre outros, sendo tudo isto “atestado por galardões, reconhecimentos, homenagens e um estatuto impar realçado por pares internos e externos”.

A terceira palavra escolhida foi o “incentivo que envolve apoio institucional e pessoal”, assentado numa “firme convicção de que ninguém, com perspetiva de futuro, poderá sacrificar património, espólio, propósitos e horizontes”, terminando o discurso com a conjugação dos três termos.

“Conjuguemos gratidão, louvor e incentivo, juntemos-lhe espírito liberal, veia criativa, a vontade telúrica e bom senso, seculares atributos desta cidade [do Porto] e do seu povo, e teremos tudo quanto necessário é, para Serralves continuar a representar sinónimo de encantamento e de excelência”, finalizou o Presidente da República.

A Fundação Serralves anunciou que, este ano, conta com 20 novos entidades que assinaram os protocolos de “novo fundador”.

Artur Santos Silva recebeu hoje o estatuto de “Fundador de Serralves a título honorário”, devido ao “papel relevante que teve na Fundação, no seu crescimento e consolidação”, tendo sido membro do conselho de Administração entre 1996 e 1997.