“Essa realidade aguentou o país durante a crise, está a vir à superfície à saída da crise e tem de acelerar nos próximos anos e vai acelerar, isto vai acontecer, não é isto tem de acontecer, isto vai inevitavelmente acontecer porque já é imparável”, disse, no sábado à noite, durante a cerimónia da 18.ª edição do Prémio do Jovem Empreendedor, no Porto.

Acreditar que Portugal tem futuro é estar a dizer uma evidência e não “querer puxar para cima” o estado de espírito ou a alma dos portugueses, é verificar que isso já aconteceu", frisou.

"Já por todo o país há mais e mais portugueses a acreditarem em Portugal e, sobretudo, num Portugal melhor. Hoje somos diferentes”, acrescentou.

Marcelo Rebelo de Sousa entende que, por isso, a pedagogia do empreendedorismo deve começar cedo nas escolas, no ensino básico e secundário, porque é importante incentivar o espírito de inovação e do risco pessoal.

Para o Presidente da República, assistir ao empreendedorismo jovem como ele existe hoje é olhar para uma “realidade imparável” nas universidades, centros de investigação, laboratórios e número de empresas que surgem todos os dias.

Esta realidade teve um maior impacto nos últimos quatro anos, numa espécie de “revolução silenciosa” que, por um lado, tinha na base um ato de sobrevivência e, por outro, a imaginação para encontrar novos caminhos, salientou.

Segundo o Chefe de Estado, esta “revolução silenciosa” fez o seu percurso e com ele nasceram mais empresas, reformularam-se outras, aumentou o empreendedorismo, surgiu uma apetência para a inovação e houve uma mudança de mentalidades.