“Este é um encontro de vida, três meses depois [da morte de Sampaio]. O Presidente Jorge Sampaio está vivo, está vivo no passado que aqui recordámos, está vivo no presente do lançamento desta obra, está vivo no futuro de todos nós”, disse Marcelo Rebelo de Sousa, por ocasião da sessão de lançamento do livro “Era uma vez Jorge Sampaio”, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.
O Presidente da República considerou a criação desta obra “é um testemunho comovedor de amizade” de todas as pessoas que privaram com o Jorge Sampaio ao longo dos anos e que decidiram contribuir com textos ou fotografias. Ao mesmo tempo, completou, é o “pagamento de uma dívida de décadas” pelo trabalho do antigo Presidente em prol do país.
Marcelo Rebelo de Sousa, que ao longo do primeiro mandato adquiriu a designação popular de “o Presidente dos afetos”, entregou esse ‘título’ a Sampaio, que era “verdadeiramente um homem de afetos”. Prova disso foi a dedicação às causas sociais finalizado o percurso político que culminou com o Presidência da República.
A Plataforma para os Estudantes Sírios, sustentou o Presidente da República, é o exemplo perfeito da dedicação do antigo chefe de Estado a questões sociais.
Olhando para o auditório e para as diferentes personalidades, como por exemplo, o antigo Presidente Aníbal Cavaco Silva e Manuela Ramalho Eanes, em representação do ex-chefe de Estado António Ramalho Eanes, Marcelo Rebelo de Sousa voltou a referir que Sampaio continua vivo.
“Termino como comecei. Que grande democracia é esta que reúne nesta sala gente de todos os quadrantes em torno de um grande Presidente. Grande democracia, que deve a este grande Presidente, e em geral aos grandes presidentes que me antecederam, uma construção que é mais forte do que tudo, como se vê nesta reunião, que é uma reunião de vida e de futuro”, finalizou.
A ideia para esta obra surgiu através de um grupo na rede social WhatsApp intitulado “Jorge Sampaio e os amigos”, que de acordo com o médico José Gameiro, que fez a introdução do livro, tinha inicialmente 81 elementos e rapidamente chegou aos 130.
A ideia era reunir testemunho “de 3.500 palavras no máximo” em apenas 15 dias, assim como fotografias que registaram vários momentos da vida de Sampaio.
José Gameiro esclareceu que 95% dos testemunhos “são textos de relação com ele” e o livro é, por isso, “mais uma prova de que a vida [de Jorge Sampaio] valeu a pena pela dedicação aos outros”.
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