Logo depois de descerrar a placa de inauguração da escola, que, no entanto, já funciona há um ano, Marcelo Rebelo de Sousa assistiu a uma dança de um grupo de alunos da escola. No final, uma aluna puxou o Presidente pela mão e Marcelo dançou com eles.

No meio do pátio da escola, nova representação de dança e música. Os alunos, reunidos à volta, aplaudiam e responderam prontamente ao Presidente português quando este perguntou quais eram os dois melhores países do mundo: São Tomé e Príncipe e Portugal.

Marcelo Rebelo de Sousa entrou depois em quase todas as salas de aula. Numa aula de português quis saber qual a profissão que os alunos iriam escolher. De "doutora pediatra" a advogados, diplomatas ou juízes, foram as respostas.

"Ninguém quer ser Presidente da República", perguntou. Ninguém quer. "Muito inteligentes, meninas e meninos", brincou o chefe de Estado português.

Na aula de Geografia do 10.º ano falou da importância de se conhecer o mundo e as diferentes culturas.

Um aluno deu a dica e Marcelo abordou ainda a questão da importância das alterações climáticas. "Sabem que há mudanças climáticas", perguntou. "E sabem que há assim uns senhores que dizem que não há. Estão a pensar em algum em especial? Eu estou", disse, referindo-se ao Presidente norte-americano, Donald Trump.

E Marcelo não podia deixar a sala sem a ‘selfie' de conjunto, mas como percebeu que a logística não permitia, sentou-se na última fila, tendo como companheiro de carteira o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva.

"Estamos na última fila. Somos os repetentes", brincou.

E voltou a perguntar: "alguém quer ser Presidente da República?" Sem respostas afirmativas, concluiu: "Eu vejo que isto é uma grande escola".

Marcelo Rebelo se Sousa falou ainda com os professores e ofereceu uma biblioteca à escola porque "não se pode perder o interesse" pela leitura.

A Escola Portuguesa de São Tomé tem cerca de 500 alunos até ao 12.º ano, segue o currículo português e os alunos pagam uma mensalidade de cerca de 90 euros.