“Amanhã [quinta-feira] será o dia de participar ativamente na celebração do Dia da Independência, ter encontros com o Presidente Zelensky, [e] com o primeiro-ministro”, disse Marcelo Rebelo de Sousa, minutos depois de desembarcar na estação ferroviária de Kyiv-Pasazhyrskyi, na capital ucraniana, para uma visita de dois dias.
Ainda hoje, o chefe de Estado português vai participar na cimeira organizada pela Ucrânia sobre a recuperação da Crimeia e tem prevista “uma ida a uma instituição que se dedica ao problema gravíssimo das crianças ucranianas” separadas das famílias pela guerra ou que são órfãs.
Está também prevista uma visita do Presidente da República a Bucha, localidade nos arredores da capital que nos primeiros dias da invasão foi ocupada pelas Forças Armadas russas.
Marcelo Rebelo de Sousa viajou com o Presidente da Lituânia, Gitanas Nausèda, que também vai participar na cimeira e nas comemorações do Dia da Independência.
A cimeira vai começar pelas 15:00 locais (13:00 em Lisboa) e deverá terminar pelas 17:00 locais (15:00 em Lisboa).
"Nós nunca admitimos que a Crimeia deixasse de ser parte do território ucraniano. É uma posição da política externa portuguesa e isso fica claro uma vez mais. Haverá muitos que participarão por via digital, mas entendeu-se que Portugal devia participar por via presencial", referiu o Presidente da República.
Sobre a possibilidade de a Marinha Portuguesa auxiliar a Ucrânia na desminagem do Mar Negro e do Mar de Azov, admitida na terça-feira pelo ministro da Defesa ucraniano, Oleksii Reznikov, em entrevista à RTP, Marcelo Rebelo de Sousa respondeu: "Porque não? Estamos a fazer já tanta coisa, no treino da Força Aérea, na preparação de novos meios aéreos que possam ser cedidos [...], no equipamento, no treino dos Leopard. Porque não também a Marinha?"
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