De acordo com nota publicada no sítio oficial da Presidência da República na Internet, Marcelo Rebelo de Sousa "transmitiu à Presidente Maia Sandu calorosas felicitações pela sua reeleição como Presidente da República da Moldova".

"O Presidente Marcelo Rebelo de Sousa, que esta noite contactou a Presidente reeleita, congratula-se com este resultado histórico, que reflete a vontade do povo moldavo de permanecer firmemente no caminho da democracia, da liberdade e da integração na União Europeia", lê-se na mesma nota.

Segundo dados de domingo à noite da Comissão Eleitoral Central (CEC), quando estavam contados quase 99% dos votos da segunda volta da eleição presidencial, Maia Sandu, pró-União Europeia, obteve 54,7% dos votos, contra 45,3% de Alexandr Stoianoglo, ex-procurador-geral que foi apoiado pelo Partido dos Socialistas pró-Rússia.

Marcelo Rebelo de Sousa esteve na Moldova em visita oficial no fim de outubro do ano passado, a convite da Presidente Maia Sandu, depois de a ter recebido em Portugal, no início do mesmo mês, em visita de Estado.

Durante a visita de Estado de Maia Sandu, o Presidente da República declarou o apoio de Portugal à pretensão da Moldova de aderir à União Europeia.

No mês passado, o chefe de Estado saudou a vitória do "sim" à adesão à União Europeia em referendo na Moldova, reiterando na altura o apoio de Portugal "à aspiração europeia" deste país da Europa de Leste.

O referendo realizou-se em 20 de outubro, em simultâneo com a primeira volta da eleição presidencial, em que Maia Sandu ficou em primeiro lugar, com cerca de 42% dos votos, mas não conseguiu obter maioria absoluta.

Maia Sandu denunciou a existência de interferência russa neste processo eleitoral, acusação secundada por autoridades da União Europeia e dos Estados Unidos da América.

A República da Moldova, com cerca de 2,5 milhões de habitantes, situa-se entre a Roménia e a Ucrânia.

Em março de 2022, a Moldova apresentou um pedido formal de adesão à União Europeia, na sequência da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro desse ano.

Em junho de 2022 foi concedido à Moldova o estatuto de país candidato à União Europeia e em dezembro de 2023 foram iniciadas as negociações de adesão.

A Rússia mantém um contingente de cerca de 1.500 soldados na região da Transnístria, território controlado por separatistas pró-Moscovo desde a guerra civil na Moldova, em 1992.