Em direto da Faculdade de Letras, em Lisboa, e em resposta às questões dos jornalistas, Marcelo Rebelo de Sousa salientou que "a resposta dos portugueses foi muito boa" ao voto antecipado, sendo desta vez usado como "um instrumento para combater a abstenção" ao contrário dos tempos de pandemia.

Sobre se está esclarecido sobre o seu voto uma semana antes do dia das eleições, o chefe de Estado sublinhou que se "considerava esclarecido ao fim de quatro meses de campanha e pré-campanha".

Questionado sobre o desfile de antigos líderes partidários na campanha eleitoral nos últimos dias, recusou-se a comentar, disse apenas: "A campanha eleitoral está em curso e eu no dia das eleições nem antes, nem a seguir comento a campanha".

Sobre a existência do dia de reflexão, que não é possível no caso do voto antecipado, o presidente esclareceu que já sugeriu no passado que este dia fosse repensado, mas isso "a assembleia verá", referiu.

No caso do voto eletrónico aconselha a "aprofundar as experiências" já existentes com os emigrantes.

Por fim, apelou aos portugueses para "virem votar, os que estão hoje inscritos para o voto antecipado venham, os que tiverem optado por votar no próprio dia, que organizem a vida para votar. É importante uma democracia que celebra 50 anos".

Recorde-se que no total, segundo o Ministério da Administração Interna (MAI), pediram para votar hoje 208.007 eleitores.

São menos do que nas legislativas de 2022 (315.785 inscritos), mas muito superior aos inscritos nas legislativas de 2019 (56.291).

O chamado voto em mobilidade permite aos eleitores votarem uma semana antes num concelho à sua escolha. Se não o fizerem, podem fazê-lo no dia das eleições, ou seja, em 10 de março.