O chefe de Estado chegou à Bélgica na segunda-feira, dia em que houve um ataque armado na capital belga em que morreram duas pessoas, que motivou algumas adaptações no programa do primeiro dia da sua visita de Estado, terça-feira.
O programa de hoje, sem alterações, começa com uma visita à Universidade de Namur, seguida de um almoço no Palácio do Governador desta província, na região da Valónia.
De tarde, Marcelo Rebelo de Sousa irá à Universidade Livre de Bruxelas, reencontrando-se ao fim do dia com os reis Philippe e Mathilde num concerto de fado, nos Museus Reais de Belas Artes da Bélgica, retribuição do banquete que lhe ofereceram na terça-feira.
Acompanham-no nesta deslocação o ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, e deputados dos seis partidos com grupos parlamentares: Marta Temido, do PS, Gabriela Fonseca, do PSD, Rui Paulo Sousa, do Chega, Joana Cordeiro, da Iniciativa Liberal, Alfredo Maia, do PCP, e Pedro Filipe Soares, líder parlamentar do Bloco de Esquerda.
Na terça-feira, além dos reis dos belgas, o Presidente da República teve encontros também com representantes das duas câmaras do Parlamento Federal e com o presidente da Câmara Municipal de Bruxelas.
Devido à situação de segurança interna, a reunião com o primeiro-ministro belga foi cancelada.
No último dia desta visita de Estado à Bélgica, quinta-feira, Marcelo Rebelo de Sousa irá à região da Flandres.
Segundo o Observatório da Emigração, em 2022 residiam na Bélgica cerca de 50 mil pessoas com nacionalidade portuguesa.
Jorge Sampaio foi o último Presidente português a realizar uma visita de Estado à Bélgica, também de três dias, em outubro de 2005. Como chefe de Estado, Aníbal Cavaco Silva esteve duas vezes na Bélgica, em setembro de 2007 e junho de 2013, mas em visitas às instituições europeias.
Marcelo Rebelo de Sousa visitou as instituições europeias em Bruxelas em março de 2017, ocasião em que foi recebido pelos reis da Bélgica.
Em outubro de 2018, a seu convite, os reis da Bélgica realizaram uma visita de Estado a Portugal.
Nessa altura, ao recebê-los no Palácio de Belém, o Presidente da República referiu-se a Portugal e Bélgica como dois países “aliados próximos” e “amigos”, na União Europeia, nas Nações Unidas e na NATO, com um “papel comum” pela paz no plano global.
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