O encontro entre os dois chefes de Estado aconteceu ao final da manhã, meio da tarde em Lisboa, no palácio da Alvorada, residência oficial do chefe de Estado Brasileiro.
Marcelo Rebelo de Sousa foi recebido pela guarda de honra cerca das 12:30 de Brasília (mais quatro horas em Lisboa) por Jair Bolsonaro e uma comitiva de membros do Governo, incluindo o vice-presidente, Hamilton Mourão, e o ministro das Relações Exteriores, Carlos França.
Pelo lado português, participaram além de Marcelo Rebelo de Sousa, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Santos Silva, e o embaixador de Portugal em Brasília, Luís Faro Ramos.
O encontro com Jair Bolsonaro, que é o último ponto da visita de trabalho de quatro dias de Marcelo Rebelo de Sousa ao Brasil, atraiu a atenção da imprensa brasileira, mas os jornalistas não foram autorizados a entrar, tendo sido mantidos a alguns quilómetros de distância do Palácio da Alvorada, num espaço conhecido localmente como “o cercadinho da imprensa”.
Na cerimónia de cumprimentos, que foi transmitida em direto através dos canais de comunicação oficiais do governo, foi notório o contraste entre a comitiva portuguesa toda de máscara e a brasileira, incluindo o Presidente Bolsonaro, sem.
No encontro entre os dois chefes de Estado deverão estar, em cima da mesa, como já avançou Marcelo Rebelo de Sousa, as relações de cooperação entre os dois países, nomeadamente a nível económico, bem como a participação de Portugal nas comemorações dos 200 anos da independência do Brasil, que se assinalam em 2022.
A possibilidade de um acordo para o reconhecimento recíproco das vacinas contra a covid-19 administradas nos dois países e os desafios que colocam as comunidades brasileira em Portugal e portuguesa no Brasil deverão ser outros assuntos a abordar pelos dois presidentes.
Em declarações aos jornalistas no domingo, antecipando o encontro com Bolsonaro, Marcelo Rebelo de Sousa assegurou que, da sua parte, tudo fará para “construir melhores pontes” com o Brasil, dando continuidade ao reforço da cooperação histórica entre “dois países irmãos”.
Por: Cristina Fernandes Ferreira (Texto) e António Cotrim (Fotos), enviados da agência Lusa
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