“O Presidente da República promulgou e, ao promulgar, disse que parecia razoável no contexto português. Eu não mudo de opinião em 15 dias, não chega a um mês. É razoável aquela decisão no contexto português”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas, à margem da cerimónia de juramento de Hipócrates dos novos médicos da Região do Sul da Ordem dos Médicos, na Universidade de Lisboa.

O Presidente da República assumiu esta posição após questionado pelos jornalistas sobre as declarações do presidente da CIP, António Saraiva, que em entrevista à TSF e ao Dinheiro Vivo, hoje divulgada, defendeu que a decisão do Governo de impor 635 euros como salário mínimo não tem “racionalidade económica”, acrescentando que o “grande beneficiário” vai ser o Estado, arrecadando do diferencial dos impostos cerca de 126 milhões de euros por mês.

A proposta que o Governo apresentou, em 13 de novembro, para o valor do salário mínimo nacional, de 635 euros no próximo ano, não mereceu o acordo dos parceiros sociais.

No dia 15 de novembro, o Presidente da República promulgou o aumento do salário mínimo nacional para 635 euros em 2020, "esperando que possa ser assegurado um crescimento da economia portuguesa, que permita atualizações cada vez mais significativas dos rendimentos".

Atualmente, o salário mínimo nacional é de 600 euros.