Durante nove minutos, Marcelo Rebelo de Sousa falou, deu respostas vagas ou não fez comentários sobre sete temas: libertação do ex-Presidente do Brasil Lula da Silva, política de rendimentos que o Governo quer propor, Orçamento do Estado, Muro de Berlim, tempos que os partidos com apenas um deputado têm para falar no parlamento, pedido de audiência do partido Chega e canonização do antigo arcebispo de Braga Frei Bartolomeu dos Mártires, no domingo, em Braga.

Depois de o filho do Presidente, Nuno, ter admitido, em declarações ao jornal "Expresso", que o pai se recandidataria a um segundo mandato em Belém, Marcelo Rebelo de Sousa revelou que o neto tem opinião contrária e insistiu que só dirá o que vai fazer “dentro de um ano menos um mês”.

“É um palpite de filho, vale tanto como o palpite de milhões de portugueses”, afirmou, à margem da cerimónia de inauguração da sala D. João IV, no Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa, após a conclusão do restauro, revelando que o neto tem uma opinião diferente, que é contra a sua recandidatura.

O que o Presidente garantiu é que, depois de refletir, irá anunciar a todos os portugueses o que pretende fazer dentro de “um ano menos um mês”, em outubro de 2020.

Em relação à polémica com os tempos que Chega, Iniciativa Liberal e Livre têm para intervenções na Assembleia da República, Rebelo de Sousa viu “com atenção” a posição do presidente do parlamento, Ferro Rodrigues, a favor de os três deputados falarem em vários tipos de debate.

No entanto, afirmou que não quer intrometer-se nos assuntos de outros órgãos de soberania, como é o caso do parlamento.

Quanto ao pedido de audiência do Chega por causa dos tempos de debate no parlamento, Marcelo não deu a certeza de receber já o deputado André Ventura, dado que na próxima semana tem uma visita a Itália, mas prometeu receber todos os partidos “a breve trecho” sobre o Orçamento do Estado.

Por outro lado, o Presidente não comentou diretamente as declarações de António Costa, como secretário-geral do PS, na sexta-feira, quando defendeu, numa reunião com militantes, mais justiça na repartição dos ganhos do crescimento entre empresas e trabalhadores e que o nível do salário médio deve atingir o valor registado antes da crise de 2010.

“Tudo o que tinha a dizer”, garantiu Marcelo Rebelo Sousa, foi dito na cerimónia de posse do Governo, há semanas, a pouco metros do sítio onde estava hoje, no Palácio Nacional da Ajuda. Ficará à espera, assumiu, do próximo Orçamento do Estado, que "é a primeira concretização do programa de governo".

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