À saída de uma sessão solene na Reitoria da Universidade de Lisboa, o chefe de Estado referiu que as reuniões da próxima semana com os sete partidos com representação parlamentar servirão para ouvir "o que pensam acerca do Orçamento do Estado" e de "pontos de política fundamentais neste fim de legislatura".
Neste contexto, adiantou: "Não é ainda o tempo - isso farei no começo do ano que vem - para ouvi-los sobre a data das eleições para a Assembleia da República".
"Isso fica para o primeiro trimestre do ano que vem", reforçou Marcelo Rebelo de Sousa.
De acordo com a Constituição, cabe ao Presidente da República marcar, de harmonia com a lei eleitoral, a data das eleições legislativas.
A Lei Eleitoral da Assembleia da República estabelece que o Presidente da República marca a data das eleições legislativas "com a antecedência mínima de 60 dias ou, em caso de dissolução, com a antecedência mínima de 55 dias".
Segundo a lei eleitoral, "no caso de eleições para nova legislatura, essas realizam-se entre o dia 14 de setembro e o dia 14 de outubro do ano correspondente ao termo da legislatura" e "o dia das eleições é o mesmo em todos os círculos eleitorais, devendo recair em domingo ou feriado nacional".
Marcelo Rebelo de Sousa tem chamado regularmente os sete partidos com assento parlamentar - PSD, PS, BE , CDS-PP, PCP, Partido Ecologista "Os Verdes" e PAN - ao Palácio de Belém e irá ouvi-los, uma vez mais, entre segunda e terça-feira, dias 30 e 31 de julho.
O Presidente da República, que já tinha falado sobre estas reuniões com os partidos, disse que não têm como motivo "nenhuma preocupação especial" e reiterou que irá ouvir "o que pensam sobre a situação, nomeadamente, económica a nível mundial, o que pensam sobre as decisões da União Europeia a tomar nos próximos meses".
No plano nacional, a intenção é ouvir "o que pensam acerca do Orçamento do Estado, o que pensam acerca de pontos de política fundamentais neste fim de legislatura", completou.
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