Nas cerimónias fúnebres, que terão honras militares, estarão também o ministro da Defesa Nacional, Azeredo Lopes, os chefes dos ramos militares e o 'chairman' do Comité Militar da União Europeia, general Mikhail Kostarakos, o posto militar da União Europeia, segundo um comunicado do Estado-Maior das Forças Armadas.

O sargento-ajudante Gil Fernando Paiva Benido, de 42 anos, integrava o contingente nacional na Missão de Treino da União Europeia no Mali, composto por 10 elementos. Casado e com duas filhas melhores, prestava serviço no Comando de Pessoal no Porto.

A missa deverá realizar-se pelas 15:00 na Igreja Matriz de São Martinho de Campo, em Valongo, seguindo-se o funeral para o Cemitério Paroquial.

Na câmara ardente, estarão quatro militares a fazer guarda de honra à urna, coberta com a bandeira nacional, segundo o cerimonial previsto pelo Estado-Maior General das Forças Armadas.

No exterior do cemitério, estará um pelotão composto por cerca de 20 militares e, no interior do recinto, o mesmo número de elementos, desarmados, farão alas de cortesia à passagem da urna.

Comissão parlamentar de Defesa expressa pesar pela morte de militar 

A comissão parlamentar de Defesa Nacional aprovou um voto de pesar pela morte do sargento-ajudante Paiva Benido.

Manifestando "consternação" e "grande tristeza" pela morte do militar do Exército, a comissão de Defesa Nacional destacou que o sargento-ajudante Paiva Benido "deu a vida pela segurança comum no âmbito do contributo europeu na luta global contra o terrorismo".

"A sua disponibilidade, entrega e sacrifício não serão esquecidos", refere o voto, aprovado por unanimidade na reunião de quarta-feira, disse hoje à Lusa o deputado do PSD Marco António Costa, que estará esta tarde no funeral do militar, em Valongo, na qualidade de presidente da comissão parlamentar.

Gil Fernando Paiva Benido integrava desde maio o contingente nacional na missão da União Europeia no Mali, sediada na capital, Bamako, e era adjunto do oficial de transmissões da força portuguesa.

O militar morreu "devido a confrontos ocorridos na sequência de um ataque de elementos rebeldes que provocou outras baixas entre elementos de outros contingentes", segundo uma nota do Exército divulgada na segunda-feira.

Outros militares ficaram feridos, "incluindo um português", que "já se encontra completamente recuperado", referia a mesma nota.

Um inquérito "no sentido de esclarecer as circunstâncias que envolveram o ataque terrorista em Bamako" já foi instaurado, adiantou na segunda-feira o Estado-Maior das Forças Armadas.

O local onde ocorreu o ataque, Hotel Le Campement Kangaba, é reconhecido e autorizado pela Missão de Treino no Mali como 'Wellfare Center' para recuperação e repouso entre os períodos de atividade operacional dos militares que prestam serviço naquele país.

A missão da União Europeia no Mali é uma missão de aconselhamento e treino das forças locais. Os militares portugueses, que participam na missão desde 2013, prestam ações de formação em tiro, aconselhamento em matérias relativas à constituição e organização das forças do Mali.

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