“Podíamos estar a ir mais rápido [na execução do PRR]. De todas as preocupações que eu tenho, a maior delas é o investimento”, afirmou o líder do banco central, que participou na conferência de comemoração do primeiro aniversário da CNN Portugal.
Mário Centeno vincou que a sua função é “alertar para aquilo que pode, na verdade, ir mais rápido”, no que diz respeito ao PRR, sem, no entanto, especificar.
O governador do BdP disse, porém, não estar “em posição de perdoar, ou deixar de perdoar” o Governo, numa alusão às afirmações do Presidente da República.
Recorde-se que, no início do mês, Marcelo Rebelo de Sousa disse à ministra da Coesão, Ana Abrunhosa, que não lhe perdoava se falhasse na execução dos fundos, apesar de o PRR estar sob a tutela da ministra da Presidência do Conselho de Ministros, Mariana Vieira da Silva.
Mário Centeno defendeu também que, num momento de “pleno emprego”, como o que Portugal está a viver, “qualquer política orçamental expansionista é pró-cíclica e deve ser evitada”.
“Não quer dizer que a política orçamental não deva atender a situações de exclusão que são potenciadas pela inflação”, ressalvou o responsável.
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