Representantes da família de Soares estiveram durante mais de três horas reunidos com a Presidência da República, o Governo, a Câmara de Lisboa e forças de segurança para definir as cerimónias fúnebres de Mário Soares, que hoje morreu aos 92 anos.

No final, o antigo assessor de Soares José Manuel dos Santos manifestou o desejo de que as cerimónias fúnebres, embora com honras de Estado, "tenham aquele toque, aquele caráter, que Mário Soares dava, mesmo quando tinha funções de Estado, de proximidade às pessoas".

A ministra da Presidência, Maria Manuel Leitão Marques, sinalizou que nesta fase estão em marcha os contactos com países estrangeiros e representantes que queiram estar presentes nas cerimónias, mas "ainda não" há confirmações de presenças nesta fase.

No domingo, "não haverá qualquer cerimónia", adiantou ainda a governante: o corpo do antigo Presidente da República Mário Soares vai estar em câmara ardente no Mosteiro dos Jerónimos a partir das 13:00 de segunda-feira e o funeral realiza-se a partir das 15:30 de terça-feira no Cemitério dos Prazeres, em Lisboa.

Maria Manuel Leitão Marques representou o Governo no encontro no Palácio das Necessidades, na capital, em virtude de quer o primeiro-ministro quer o ministro dos Negócios Estrangeiros estarem na Índia em deslocação oficial.

A sede nacional do PS, no Largo do Rato, em Lisboa, estará aberta a partir de domingo de manhã com um livro de condolências para todos os que queiram passar pela sede do partido do qual Mário Soares foi fundador.

Segundo um comunicado divulgado hoje pelo Governo, o cortejo fúnebre passará na segunda-feira pela residência de Mário Soares, no Campo Grande, em Lisboa, pelas 11:00.

O corpo estará em câmara ardente na Sala dos Azulejos do Mosteiro dos Jerónimos entre as 13:00 e a meia-noite de segunda-feira e na terça-feira até ao final da manhã, entre as 08:00 e as 11:00.

Antes da saída para o Cemitério dos Prazeres, haverá uma sessão de homenagem a Mário Soares, no Claustro do Mosteiro dos Jerónimos, a partir das 13:00.