“Não morreu um dirigente socialista, mas um grande português, um obreiro das liberdades, um guardião da democracia”, afirmou à agência Lusa Carlos César, referindo que, “por isso, todos os portugueses, independentemente da sua condição partidária, estarão, certamente, associados neste momento numa manifestação coletiva de pesar e numa homenagem à memória de luta e à memória de concretização que representou a atuação política de Mário Soares e o seu comportamento físico ao longo destas últimas décadas”.

Para Carlos César, o antigo Presidente da República é, “sem dúvida, a personalidade mais relevante da segunda metade do século XX e, em particular, depois de restaurada a democracia em Portugal”.

O antigo Presidente da República morreu hoje aos 92 anos, no Hospital da Cruz Vermelha, em Lisboa.

Mário Soares encontrava-se internado desde o dia 13 de dezembro, tendo sido transferido no dia 22 dos Cuidados Intensivos para a "unidade de internamento em regime reservado" do Hospital da Cruz Vermelha, depois de sinais de melhoria do estado de saúde.

“É um dia triste para o Partido Socialista, para a nossa memória coletiva e para a democracia portuguesa, porque perdemos um dos seus principais lutadores e um dos seus principais obreiros”, salientou Carlos César, também líder do grupo parlamentar do PS na Assembleia da República.

Para o dirigente socialista, “Mário Soares foi decisivo no combate à ditadura e na adoção da democracia e do regime de liberdades públicas, na sua proteção em todos os momentos”.

“Devemos-lhe não só a nossa condição de país democrático, como também a nossa condição de país europeu”, declarou o presidente do PS, realçando que “foi pelas mãos de Mário Soares” que Portugal “se libertou de um isolamento que o condenou entre as nações” e “passou a ser um parceiro respeitado no exterior e ajudado por países amigos”.

Carlos César acrescentou que todo o desempenho do ex-Presidente da República “foi não só decisivo para aquilo que hoje é o Partido Socialista como grande partido na sociedade portuguesa, mas sobretudo para aquilo que hoje é” Portugal, “um país incomparavelmente diferente e melhor do que era há 40, há 30 anos”.

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