Entre as exceções decretadas pelo Governo ao dever de recolhimento domiciliário, em vigor a partir de sexta-feira, está precisamente a “participação no âmbito da campanha eleitoral ou da eleição do Presidente da República”.

Hoje, à margem da sua primeira ação de campanha, Marisa Matias foi questionada sobre o que fará em relação ao resto da sua corrida eleitoral a Belém perante este novo confinamento, tendo garantido aos jornalistas que se manterá “em linha com o cumprimento das recomendações das autoridades de saúde” uma vez que a campanha já foi pensada “nessas circunstâncias”.

À pergunta se as pessoas que ficam obrigadas a estar em casa compreenderão que a campanha continue na rua, a recandidata apoiada pelo BE foi perentória: “é uma campanha muito limitada e acho que as pessoas percebem, sim”.

“As pessoas gostam de saber quem é que está a segurar o país, quem é que está na linha da frente, quem é está com dificuldades. Gostam de saber isso, olhando para os rostos e sabendo os nomes das pessoas que estão a fazer isso e não apenas por descrições, por números”, defendeu.

A pandemia, continuou Marisa Matias, “tem números muito dramáticos”, mas tem também “rostos, tem vidas, tem caras, tem famílias que estão a ser deixadas para trás”, para além das famílias, pessoas e empresas que “continuam a lutar desesperadamente para poder manter a sua resposta”, como é o caso da associação que visitou esta manhã.

“Eu acho que, no meio de tudo isto, não tenho dúvidas de que as pessoas compreenderão que dar rostos, dar nomes e dar a entender o que é o trabalho que é feito nos bastidores destes números tão preocupantes é um serviço que fazemos e que devemos fazer e eu acho que é para isso que servem as campanhas também”, apontou.