“Posso confirmar que há um acordo para que o candidato comum do nosso grupo para um dos altos cargos das instituições europeias seja Maros Sefcovic”, declarou hoje o ministro eslovaco dos Negócios Estrangeiros, Miroslav Lajcak, em conferência de imprensa em Bratislava, confirmando uma informação avançada pelo diário checo Hospodarske Noviny.

Fontes europeias citadas por aquele jornal indicam que República Checa, Hungria, Polónia e Eslováquia, o denominado grupo de Visegrado (V4), acordaram apresentar Sefcovic como candidato a sucessor do luxemburguês Jean-Claude Juncker na presidência do executivo comunitário.

Estão também recetivos a aceitar o cargo de Alto Representante para a Política Externa, ocupado atualmente pela italiana Federica Mogherini.

Lajcak referiu-se explicitamente à liderança da diplomacia europeia como o objetivo que o primeiro-ministro eslovaco, Peter Pellegrini, espera alcançar na reunião informal dos chefes de Estado e de Governo dos 28 em Bruxelas.

À chegada ao Conselho Europeu extraordinário, o primeiro-ministro polaco, Mateusz Morawiecki, não foi tão taxativo, considerando que, apesar de o atual vice-presidente da Comissão Europeia, responsável pela pasta da União da Energia, ter sido sempre justo para a Polónia, “não é o único candidato”.

Morawiecki revelou ainda que os líderes do V4 vão reunir-se ainda esta noite em Bruxelas, no final da cimeira informal.

Maros Sefcovic chegou a ser candidato a candidato do Partido Socialista Europeu (PSE) à presidência da Comissão Europeia, mas abdicou em favor do holandês Frans Timmermans, após a intervenção do primeiro-ministro português.

Na altura, o presidente do PSE, Sergei Stanishev, manifestou-se “particularmente grato” a António Costa pelo seu papel no processo que permitiu aos Socialistas Europeus unirem-se em torno da candidatura de atual primeiro vice-presidente do executivo comunitário.

“Gostaria de agradecer a todos os líderes e partidos membros do PSE pelo seu contributo para o processo do candidato comum, e estou particularmente grato ao primeiro-ministro português e líder do PS Portugal, António Costa, que conduziu o diálogo”, frisou então Stanishev.

Apesar de não ter sido o ‘spitzenkandidat’ socialista às eleições europeias, Sefcovic volta agora à corrida à nomeação para os cargos de topo das instituições europeias por iniciativa do V4.