"Se essa for a opção de quem organiza as celebrações, de organizar uma celebração do 13 de Maio onde possam estar várias pessoas, desde que sejam respeitadas as regras sanitárias, isso é uma possibilidade”, disse esta noite a governante.
Em 6 de abril, o Santuário de Fátima anunciou que a Peregrinação Internacional Aniversária de maio será este ano celebrada sem a presença física de peregrinos, devido à covid-19, mas que se mantêm as principais celebrações.
Apesar de esta peregrinação não poder ser vivida nos moldes habituais, vão realizar-se "as principais celebrações na Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, que serão presididas pelo cardeal D. António Marto e transmitidas pelos meios de comunicação social e digital", explicou.
Marta Temido falava sobre Fátima, depois de comentar as celebrações do 1.º de Maio, Dia do Trabalhador, referindo que cada organizador de uma iniciativa tem de fazer um juízo de valor sobre aquilo que entende que sejam os riscos que vai correr.
“Pode haver entidades que entendam que aquilo que está em causa é compatível com determinadas regras e outras que entendam de forma diferente”, vincou.
Sobre as comemorações do 1.º de Maio, a governante ressalvou que essas estavam em linha com aquilo que foi a excecionalidade prevista no decreto presidencial que se referia ao Estado de Emergência e que contemplava uma exceção para a celebração do Dia do Trabalhador.
Assumindo existir várias opiniões sobre o assunto, Marta Temido disse que o assinalar da data foi feito de forma “ordeira e pacífica”, não tendo havido distúrbios como noutros países europeus.
Quem estabeleceu as condições em que a celebração foi efetuada foi a estrutura sindical, recordou, acrescentando que outras optaram por outras formas.
SNS descobriu "força adormecida"
A ministra da Saúde considerou hoje que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) descobriu “dentro de si uma força que estava adormecida” e novas formas de trabalhar devido à pandemia da covid-19.
“O SNS descobriu dentro de si uma força que estava adormecida e novas formas de trabalhar, nomeadamente o recurso à telesaúde por todos os meios, a disponibilidade das pessoas para trabalhar mais em rede e equipa, a resposta extraordinária conseguida através das linhas de apoio e as respostas que só estavam a ser dadas em ambiente hospitalar e que, agora, são dadas nos cuidados de saúde primários”, disse Marta Temido.
Além disso, a governante destacou a “capacidade” das equipas de saúde familiar em sair das instituições e visitar utentes em lares.
Nos primeiros meses deste ano, que foram “muito penosos”, as consultas com recurso à telemedicina tiveram um crescimento de 28% em cuidados hospitalares, revelou.
Marta Temido acredita que esta “capacidade extrema e energia” vai continuar a permitir responder, sublinhando que o SNS tem sido “inexcedível” e irá fazer o seu melhor para responder à altura.
Falando no retomar da atividade programada, a ministra pediu às pessoas para não deixarem de recorrer ao SNS em caso de necessidade efetiva por receio porque o SNS “procura e procurará sempre” ter condições de segurança para os profissionais de saúde e utentes.
Neste momento, comentou, a tutela está a fazer separação de circuitos e agilização de respostas para permitir que as coisas corram bem e em segurança.
O sucesso do que aconteceu até agora reside, sobretudo, nos profissionais de saúde, sublinhou, acrescentando que foram contratados mais 1.800 profissionais neste período.
“E temos de os manter para que os outros possam garantir respostas àquilo que ficou por fazer”, vincou.
Já sobre a questão das reivindicações remuneratórias, Marta Temido frisou que existe agora um “contexto específico” no país, lembrando que na anterior legislatura houve um conjunto de repercussões significativas nesta matéria.
(Notícia atualizada às 23:22)
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