“Por um lado, procede-se à requalificação de parte do traçado da rede viária desta Mata Nacional, num montante a rondar os 500 mil euros”, explicou a nota.
Os trabalhos de conservação e reabilitação dos pavimentos começaram em 02 de novembro, “incidindo na estrada florestal do aceiro N (partindo do Bairro de Pedreanes)”, e no troço “da estrada florestal de ligação da ER [estrada regional] 242-2 ao parque do Tremelgo”.
Estas obras têm a duração prevista de dois meses.
“Simultaneamente, iniciaram-se também os trabalhos que visam proceder à requalificação e instalação das zonas de lazer e fruição, inseridas na Mata Nacional, de modo a beneficiar os seus habituais e potenciais utilizadores, obra orçamentada em cerca de 300 mil euros”, adiantou o ICNF.
Segundo o instituto, “a intervenção contempla, entre outras medidas, a recuperação do mobiliário urbano existente, a instalação de novos conjuntos de mesas, equipamentos lúdicos vários e placas informativas, bem como as podas sanitárias e de segurança do arvoredo existente”.
“Em paralelo, vão decorrer, ainda, trabalhos de requalificação de alguns troços e infraestruturas existentes na estrada e parques da ribeira de Moel, assim como da recuperação da casa do posto de vigia da Crastinha, situado no talhão 106 do Pinhal do Rei, na freguesia de Vieira de Leiria”, acrescentou.
O ICNF informou que este investimento, com o apoio do Fundo Ambiental, é “em complemento aos dois ciclos de investimento em curso, visando a recuperação” desta mata.
A Mata Nacional de Leiria, que ocupa dois terços do concelho da Marinha Grande, tem 11.020 hectares. Nos incêndios de outubro de 2017, 86% da sua área ardeu, de acordo com o ‘site’ https://mnleiria.icnf.pt/.
Já a tempestade Leslie, em outubro do ano seguinte, afetou 1.137 hectares desta mata, também conhecida como Pinhal do Rei ou Pinhal de Leiria.
Ainda segundo este sítio na internet, “depois destas catástrofes, o ICNF tem vindo a intervir ativa e sistematicamente na recuperação das áreas ardidas, na reabilitação dos espaços afetados pela tempestade Leslie e na defesa e salvaguarda dos povoamentos florestais remanescentes”.
Ao nível da exploração florestal, a ação imediata centrou-se na avaliação e alienação do material lenhoso existente na Mata Nacional de Leiria.
Dados de hoje indicam que a área explorada na sequência dos incêndios é de 7.594 hectares, onde foram alienados quase dois milhões de árvores (volume total de 714.785 metros cúbicos), representando uma receita total na ordem dos 17,1 milhões de euros.
Já “o plano de recuperação em execução incorpora as orientações estabelecidas no Relatório para a Recuperação das Mata Nacionais e Perímetros Florestais da Região Centro, da responsabilidade da Comissão Científica constituída expressamente para esse efeito”.
“As intervenções realizadas e programadas no período 2018-2024 incidem sobre a quase totalidade da área da mata, com efeitos na área ardida e, igualmente, na área não ardida”, lê-se no ‘site’.
O investimento executado na área que ardeu em 2017 é de 2,2 milhões de euros e em contratação encontram-se em 5,7 milhões de euros. O investimento em área não ardida é de 368 mil euros, estando em contratação quase 900 mil euros.
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