A declaração foi publicada no Diário Oficial do Mato Grosso do Sul num momento em que as chamas se expandem e a fumaça que provocam começa a afetar várias cidades daquele estado.
Os incêndios, iniciados há pouco mais de um mês, já destruíram cerca de 627 mil hectares e são considerados os mais graves já registados no Pantanal nesta época do ano.
Segundo as autoridades locais, uma das causas dos incêndios são as alterações climáticas, que agravaram a seca que a região sofre nesta altura do ano e que normalmente dura até novembro.
Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que monitoriza a região por meio de satélites, foram detetados 2.363 focos de incêndio no Pantanal brasileiro nos primeiros 20 dias de junho, sete vezes mais que no mesmo período do ano passado.
O decreto de emergência tem validade de 180 dias nos quais o Governo regional poderá mobilizar os órgãos estaduais para atuarem sob a coordenação da Defesa Civil, em ações que envolvam resposta ao desastre provocado pelo fogo, reabilitação do cenário e reconstrução.
Na semana passada, o Governo brasileiro instalou um gabinete de crise para monitorizar a situação e enviou funcionários especializados em combate a incêndios no Pantanal.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, já tinha alertado para a possibilidade de ocorrerem graves incêndios no Pantanal este ano, devido à incidência do fenómeno El Niño.
Da mesma forma, o Brasil está a preparar-se para a possibilidade de ocorrência de grandes incêndios na Amazónia durante o segundo semestre deste ano, também devido ao impacto das mudanças climáticas.
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