O encontro anual do partido, em Pontida, no norte de Itália, é o primeiro desde que Salvini obteve mais de 17% dos votos nas eleições de março e foi chamado a formar um governo de coligação com o populista Movimento 5 Estrelas, no qual é vice-primeiro-ministro e ministro do Interior.
No discurso que pronunciou perante milhares de apoiantes, Salvini, 45 anos, festejou os resultados do partido, mas disse recusar “conformismos” porque “o objetivo é mudar a Europa” e “dar voz” a todos quantos estão dececionados com as políticas europeias.
“Penso numa Liga de Ligas na Europa, que una todos os movimentos livres, orgulhosos e soberanos que querem defender a sua população, as suas fronteiras, as suas fábricas e o bem-estar dos seus filhos”, disse, à frente de um cenário onde se lia o lema do partido para as últimas eleições, “Os Italianos Primeiro”.
“Só se as ideias da Liga chegarem a França, Alemanha, Espanha, Polónia, Áustria, Hungria, Dinamarca ou Portugal esta Europa terá a esperança de existir”, afirmou.
Salvini prosseguiu afirmando que a vitória em Itália foi “só o princípio” de uma corrida que pretende levar a um “nível continental” a partir de 2019, quando se realizam eleições para o Parlamento Europeu.
Essas eleições, prometeu, serão um “referendo à elite, aos bancos, ao mundo da finança, à imigração e à segurança no emprego”.
O “próximo muro” a cair será “o de Bruxelas”, uma “grande batalha” que exige “coragem” e não será “fácil nem rápida”, disse, citado por agências internacionais.
A Liga, que chegou ao governo com 17% dos votos em março, é creditada atualmente pelas sondagens com 31,2% das intenções de voto, o que faz do partido o maior de Itália. Por outro lado, numa sondagem recente, realizada em meados de junho pelo instituto Ipsos, 59% dos italianos afirmaram apoiar a política de imigração de Salvini.
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