"A figueira estranguladora foi muito afetada", disse à agência Lusa o diretor do Botânico, António Gouveia, referindo que algumas das árvores mais icónicas ficaram "completamente irreconhecíveis e desequilibradas", como é o caso daquela árvore de grande porte com mais de 130 anos e que é um dos símbolos do jardim.

Segundo o responsável, uma parte significativa do Botânico, com cerca de 250 anos de história, foi danificada pela tempestade Leslie, no sábado, quer na mata, quer no jardim clássico, contabilizando "centenas de árvores" danificadas, "algumas severamente".

No Jardim Botânico da Universidade de Coimbra, registaram-se ainda pouco mais de dez árvores que caíram completamente.

"Temos muitas com copas afetadas. As árvores vão agora ter que ser avaliadas, em termos da sua permanência. Outras vamos fazer podas de estabilização para manter a segurança das árvores e das pessoas, para garantir o cuidado das árvores e para que, depois, o jardim possa voltar a abrir", afirmou.

Segundo António Gouveia, as pessoas vão encontrar "algumas visões um pouco diferentes do que era o jardim", seja pelas árvores gravemente desbastadas pelo vento, seja por algumas clareiras que não existiam.

"Agora, há que confiar, com saber e com técnica, na recuperação destas árvores", disse.

De momento, a equipa do Botânico ainda está a fazer um levantamento dos prejuízos, onde se incluem também estragos em muros e gradeamentos, sendo que, mais para a frente, será desenhado um plano sustentado para recuperar e replantar o jardim.

Durante estes dias, o pessoal do jardim, juntamente com alguns voluntários de centros de investigação associados ao espaço, andaram a limpar o local, que estava repleto de "ramos e raminhos".

De acordo com António Gouveia, o Jardim Botânico estará fechado durante toda esta semana e, provavelmente, também a próxima.

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