Em comunicado, a autarquia refere que o presidente da autarquia, Basílio Horta, “determinou a proibição de acesso e permanência nas vias municipais e interior de espaços florestais, bem como nos caminhos florestais, caminhos rurais e outras vias que integram todo o perímetro da Serra de Sintra, hoje, dia 13 de dezembro, devido à forte precipitação que se verifica”.

A proibição de circulação e permanência em espaço florestal vigora até às 23:59.

O autarca apela também a “todos os cidadãos que evitem qualquer deslocação, por qualquer meio, na Serra de Sintra, devido ao elevado risco”.

“O apelo aos cidadãos é claro: reduzam as vossas deslocações ao estritamente necessário e mantenham-se em segurança”, indica Basílio Horta.

O Parque e Palácio Nacional da Pena, o Castelo dos Mouros, o Convento dos Capuchos e o Parque e Palácio de Monserrate vão ser encerrados por se situarem no perímetro florestal da Serra de Sintra.

“Por se tratar de uma área florestal com um elevado número de visitantes, torna-se fundamental acautelar um perímetro de proteção de pessoas e bens no atual contexto meteorológico”, é referido na nota da autarquia.

Fonte da autarquia disse à Lusa que o Palácio da Pena estava, cerca das 13:00, a ser evacuado, de forma a acautelar a segurança dos visitantes.

Também os Palácios Nacionais de Sintra e de Queluz foram, entretanto, encerrados.

Entre as 00:00 de hoje e até ao final da manhã, o Serviço Municipal de Proteção Civil de Sintra “registou 345 ocorrências sem conhecimento, até ao momento, de feridos ou danos de maior causa”, pode ler-se na nota.

A Serra de Sintra integra uma região de proteção classificada sensível ao risco de incêndio florestal, caracterizada por um elevado número de visitantes.

A chuva intensa e persistente que caiu de madrugada causou hoje centenas de ocorrências, entre alagamentos, inundações, quedas de árvores e cortes de estradas nos distritos de Lisboa, Setúbal e Portalegre, onde há registo de vários desalojados.

Na zona de Lisboa a intempérie causou condicionamentos de trânsito nos acessos à cidade, que levaram as autoridades a apelar às pessoas para permanecerem em casa quando possível e para restringirem ao máximo as deslocações.

No distrito de Santarém, a chuva fez aumentar os caudais do rio Tejo, levando a Comissão Distrital de Proteção Civil a acionar o Plano Especial de Emergência para Cheias na Bacia do Tejo, dado o risco “muito significativo” de galgamento das margens do rio. Nesta bacia hidrográfica e na do Douro foi ativado o alerta amarelo.

Em Campo Maior, no distrito de Portalegre, a zona baixa da vila ficou alagada e várias casas foram inundadas, algumas com água até ao teto, segundo a Câmara Municipal, que prevê acionar o Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil.