De acordo com os dados do Júri Nacional de Exames, hoje divulgados pelo Ministério da Educação, as notas médias nos exames do 12.º ano realizadas pelos alunos internos (aqueles que frequentaram as aulas em todo o ano letivo) subiram este ano em quase todas as disciplinas, com algumas a registarem um aumento superior a três valores.

Na prova de Biologia e Geologia, a mais realizada este ano e importante para os alunos que querem entrar em Medicina, a média aumentou em 3,3 valores, registando uma classificação média de 14 valores.

Também em Física e Química os alunos conseguiram melhorar os resultados em relação ao ano anterior em 3,2 valores, passando a nota média dos 10 valores para os 13,2 valores.

Em tendência oposta, as únicas descidas registaram-se nos resultados das provas de Geometria Descritiva A, cuja classificação média caiu em 2,3 valores, e em Matemática Aplicada às Ciências Sociais, que registou este ano a única classificação média negativa: 9,5 valores, menos 1,5 em relação a 2019.

Português e Matemática A, duas das provas mais importantes, registaram também melhorias, ainda que não tão significativas: a Português a média subiu dos 11,8 valores em 2019 para os 12 valores, e a Matemática subiu dos 11,5 valores para os 13,3 valores.

A maior subida foi registada em Francês, que passou dos 11,3 valores em 2019 para os 15,1 (mais 3,8 valores), seguida de Alemão com 16,1 valores (mais 3,5), Geografia A com 13,6 valores e Biologia e Geologia (ambas registaram mais 3,3 valores).

A média mais elevada foi registada em Mandarim (iniciação), com os seis alunos que realizaram a prova a conseguirem uma classificação média em exame de 16,9 valores.

Entre as disciplinas com um número de alunos superior a 2.500, foi a Inglês que os estudantes conseguiram a melhor classificação média, com 15 valores.

História A e História da Cultura das Artes voltaram a subir este ano, depois de em 2018 terem registado uma queda para valores negativos, registando agora uma média de 13,4 valores e 13,6 valores, respetivamente.

Num comunicado também divulgado hoje, o Instituto de Avaliação Educativa (IAVE), responsável pela elaboração e aplicação das provas nas escolas, sublinha que este ano os alunos realizaram os exames finais nacionais apenas nas disciplinas que elegeram como provas de ingresso, justificando assim os resultados positivos.

As novas regras, aplicadas este ano como medida excecional devido à pandemia da covid-19, explicam também o menor número de inscritos, em relação ao ano anterior, que se refletiu no número também menor número de provas realizadas.

Este ano os exames realizaram-se em 643 escolas de todo o território nacional e nas escolas no estrangeiro com currículo português, com 257.330 inscrições na primeira fase dos exames nacionais (menos 70.300 em relação a 2019) e 227.962 provas realizadas (menos 93.871).

“Entre as 24 disciplinas sujeitas a exame nacional, a que registou um maior número de provas realizadas foi a de Biologia e Geologia, com 41 460 provas, logo seguida por Física e Química A, com 39 444 provas, Português, com 36 622 provas, e Matemática A, com 35 724 provas”, detalha o organismo em comunicado.

A classificação das provas envolveu 9.400 docentes do ensino secundário e durante a primeira fase dos exames nacionais, que ficou concluída em 23 de julho, colaboraram 10 mil professores vigilantes e pertencentes aos secretariados de exames das escolas.

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