No ponto de situação feito às 11:00, Miguel David disse aos jornalistas que as equipas que se encontram no terreno vão continuar "a efetuar a inativação, de forma controlada, de material pirotécnico", o que permitirá ter uma "área de segurança" para a sua evolução.
"Com a criação desta área de segurança e da possibilidade de podermos progredir no terreno, está previsto que possamos iniciar e dar continuidade ao processo de recolha de vestígios biológicos" das restantes duas vítimas da explosão, acrescentou.
Seis pessoas morreram e duas estão ainda desaparecidas na sequência de explosões ocorridas na terça-feira à tarde numa fábrica de pirotecnia em Avões, no concelho de Lamego.
Miguel David explicou que, com o objetivo de as encontrar, "estão a ser desenvolvidos trabalhos no terreno pelas equipas da Polícia Judiciária e do Instituto de Medicina Legal".
"São trabalhos minuciosos e que levam o seu tempo, havendo a componente de segurança que é necessário assegurar", frisou.
Às 11:00, estavam no terreno cinquenta operacionais e 18 veículos, de sete entidades.
"É o número adequado à situação, porque temos de progredir de forma lenta. A preocupação é a segurança dos operacionais e o tipo de trabalho que está a ser desenvolvido no terreno neste momento é um trabalho minucioso, no âmbito da ciência forense", referiu.
Questionado sobre o facto de as explosões sentidas hoje de manhã serem mais fortes do que as de quarta-feira, o responsável disse que "são questões muito técnicas, avaliadas por estas equipas, que face à situação do que vão encontrando adequam a técnica a aplicar".
O perímetro em que as equipas se encontram a trabalhar mantém-se nos 800 metros.
O próximo ponto de situação está marcado para as 15:30.
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