"De nada adianta mudar de ministro da Saúde se não se conseguir ter um orçamento para resolver problemas. Se o orçamento para a Saúde for o mesmo do ano passado e do ano anterior, não se vai fazer nada na Saúde“, afirmou à agência Lusa o bastonário dos Médicos, Miguel Guimarães, que espera um reforço significativo de verbas para o setor.
O bastonário lembra que a nova ministra está ligada ao setor da saúde por via da administração hospitalar, manifestando a esperança de que Marta Temido ande no terreno a conversar com os profissionais para detetar os problemas reais e para os resolver.
A Ordem dos Médicos manifesta-se disponível para colaborar com a nova ministra, mas o bastonário avisa que "não está disposto" a que a situação do setor "fique empatada e parada muito tempo".
O primeiro-ministro propôs hoje a nomeação de Marta Temido para nova ministra da Saúde, em substituição de Adalberto Campos Fernandes, o que foi aceite pelo Presidente da República.
Especializada em Administração Hospitalar pela Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade Nova de Lisboa, Marta Temido exercia os cargos de subdiretora do Instituto de Higiene e Medicina Tropical e de presidente não executiva do conselho de administração do Hospital da Cruz Vermelha Portuguesa.
Entre 2016 e 2017, foi presidente do conselho diretivo da Administração Central do Sistema de Saúde.
Além de Adalberto Campos Fernandes, o chefe do executivo substituiu hoje também os ministros da Defesa, da Economia e da Cultura.
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