A paciente em causa é uma mulher de 71 anos que deu entrada num hospital de Hua Hing, no sudoeste de Banguecoque, e foi transferida mais tarde com sintomas fortes para o hospital Rajavithi na capital tailandesa, segundo o diário Bangkok Post.
Em conferência de imprensa, os médicos tailandeses Kriangsak Atipornvanich e Suebsai Kongsangdao de Rajavithi indicaram que a mulher se recuperou ao fim de 48 horas de ter sido iniciado o tratamento.
O tratamento consta de oseltamivir, um antigripal utilizado em pacientes afetados pelo síndrome respiratório do Médio Oriente (MERS), e dois medicamentos antirretrovirais usados conjuntamente contra o VIH: lopinavir y ritonavir.
Em 24 de janeiro, um grupo de cientistas chineses indicaram em entrevista à revista The Lancet que estão a desenvolver ensaios clínicos para curar o coronavírus com lopinavir e ritonavir, que foram também usados durante a crise do Síndrome Respiratório Agudo Grave (SARS) em 2003 e 2004.
O coronavírus de Wuhan (2019-nCoV), o SARS e o MERS provocam sintomas como febre, tosse e dor de garganta, assim como insuficiência renal e pneumonia, podendo ser fatais.
A China elevou hoje para 304 mortos e mais de 14 mil infetados o balanço do surto de pneumonia provocado pelo novo coronavírus detetado em dezembro passado, em Wuhan, capital da província de Hubei (centro).
As Filipinas anunciaram também hoje a morte de um cidadão de nacionalidade chinesa, vítima de uma pneumonia causada pelo novo coronavírus, a primeira vítima fatal fora da China.
Além do território continental da China e das regiões chinesas de Macau e Hong Kong, há mais casos de infeção confirmados em 24 outros países, com as novas notificações na Rússia, Suécia e Espanha.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou na quinta-feira uma situação de emergência de saúde pública de âmbito internacional (PHEIC, na sigla inglesa) por causa do surto do novo coronavírus na China.
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