Medina prestou esta informação na reunião da Assembleia Municipal de Lisboa que decorreu hoje, durante a apresentação da informação escrita do presidente.
Durante essa intervenção, o autarca debruçou-se maioritariamente sobre o facto de Lisboa ter sido escolhida na semana passada como Capital Verde Europeia em 2020.
Medina salientou que "nos últimos anos" houve um aumento de "mais de 200 hectares de zonas verdes" na cidade.
"É um aumento que queremos prosseguir com mais corredores verdes, com mais zonas verdes, com mais parques, com zonas integradas, com mais zonas de lazer", acrescentou.
O presidente da Câmara de Lisboa quer dotar a cidade de "zonas verdes que cumpram o objetivo de redução da onda de calor".
Isto passa pela "plantação de mais 80 mil árvores até ao final do mandato, que permitam ser um grande efeito para a redução da temperatura na cidade de Lisboa, mas que ao mesmo tempo cumpram um plano de apoio à biodiversidade, que cumpram o objetivo do apoio à mobilidade, que cumpram o objetivo de apoio ao plano de drenagem e à retenção de águas de forma natural nas zonas que são criadas".
"E naturalmente, que sejam também um instrumento de apoio à redução do ruído na cidade de Lisboa", apontou.
Para Medina, "a política de expansão das áreas verdes é uma política central do ponto de vista da qualidade de vida, do ponto de vista da mobilidade, mas fundamentalmente do ponto de vista da sustentabilidade ambiental da cidade de Lisboa".
Apesar de não ter especificado onde se irão localizar todas as novas zonas verdes, o responsável afirmou que o projeto de requalificação da Praça de Espanha prevê um jardim "terá dimensão superior a duas vezes o Jardim da Estrela".
Quanto aos terrenos da antiga Feira Popular, em Entrecampos, "36% será espaço verde permeável".
"Esta agenda de sustentabilidade é, no fundo, a agenda do futuro da cidade de Lisboa", sustentou Fernando Medina.
Em resposta à deputada do PPM, o socialista manifestou ter "total confiança nas juntas de freguesia para aplicação do regulamento do arvoredo e das suas competências nessa matéria", depois de a Câmara ter voltado a assumir a gestão do arvoredo no eixo entre a Praça dos Restauradores, Avenida da Liberdade e Campo Grande.
Segundo Medina, esta opção teve a ver com "uma questão prática", uma vez que estão envolvidas várias freguesias.
No futuro, afirmou, esta medida poderá ser alargada também à Avenida 24 de Julho.
Também na intervenção inicial da informação escrita, o presidente do município adiantou que os autocarros que foram adquiridos para reforçar a frota da Carris irão "chegar em setembro".
No início de fevereiro, a Câmara de Lisboa assinou o processo de aquisição de 165 novos autocarros movidos a gás natural comprimido, e na altura apontou que uma centena deles deveriam estar nas ruas até ao final do ano.
A estes juntar-se-ão veículos elétricos, que deverão chegar no primeiro trimestre de 2019, para renovar e ampliar a frota atual.
Na sessão plenária, Fernando Medina foi ainda questionado pelo PSD se "tem alguma novidade sobre algum processo [judicial] mais relevante nos últimos dias", mas o presidente da Câmara da capital não respondeu.
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