“Os ataques do exército continuarão e intensificar-se-ão”, alertaram as forças israelitas em comunicado, confirmando que a maioria dos foguetes disparados pelo Hezbollah foi intercetada, mas que um “pequeno número” atingiu o território israelita junto com fragmentos.
O grupo xiita libanês pró-iraniano assumiu a responsabilidade pelos ataques de hoje de manhã e da noite de sábado contra o distrito de Haifa, a cerca de 50 quilómetros da fronteira, salientando que tiveram como alvo uma fábrica de armas israelita e uma base militar.
Aqui, os foguetes atingiram e causaram danos nas cidades de Kiryat Bialik, Tsur Shalom e Moreshet, causando incêndios e danos a diversas casas mas sem causar vítimas mortais.
No entanto, pelo menos duas pessoas ficaram feridas, informou o serviço de emergência israelita Magen David Adom (MDA).
O porta-voz da imprensa internacional do Exército israelita, Nadav Shoshani, destacou que milhares de crianças no norte de Israel não puderam hoje ir às aulas e lembrou que cerca de 60 mil pessoas ainda estão fora das suas casas no norte desde outubro, o que ele descreveu como "intolerável".
"O Hezbollah é responsável pela situação em que nos encontramos. Eles começaram isto, sem provocação, a 08 de outubro [de 2023]", afirmou o porta-voz, referindo-se à ofensiva lançada naquele dia pela milícia xiita em solidariedade com a guerra em Gaza.
O grupo libanês, aliado do Irão, assumiu a responsabilidade pelos ataques como parte da sua “resposta inicial” às explosões de milhares de dispositivos de comunicação – ‘pagers’ e ‘walkie-talkies’ – dentro das fileiras do Hezbollah, atribuídas a Israel, e que deixaram mais de 30 combatentes mortos.
Até ao amanhecer, Israel indicou ter bombardeado 290 “alvos” no sul do Líbano, incluindo milhares de lançadores de foguetes e infraestruturas das milícias, segundo um comunicado militar.
Israel intensificou os ataques contra o grupo libanês esta semana, matando pelo menos 17 combatentes, incluindo dois comandantes, num atentado à bomba em Beirute que também deixou três menores e sete mulheres mortas, segundo as autoridades libanesas.
A situação suscita receios de eclosão de uma guerra aberta na região, apesar de o Hezbollah ter avisado que não quer entrar num conflito de grande escala e que os seus ataques contra o norte de Israel cessarão assim que for assinado um acordo de cessar-fogo em Gaza.
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