A Unidade de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica (UNC3T) da Polícia Judiciária realizou esta quarta-feira uma megaoperação na zona da Grande Lisboa contra o cibercrime. A notícia foi inicialmente avançada pela TVI24.
A PJ, em articulação com o DCIAP, desencadeou a operação “BITPHISH” e efetuou 6 detenções – quatro homens e duas mulheres, com idades entre os 25 e os 70 anos. Além dos detidos, foram ainda constituídos 10 arguidos.
Os detidos vão ser apresentados às autoridades judiciárias competentes, de maneira a que seja possível serem interrogados e seja feita a aplicação das medidas de coação.
Na sequência das buscas foram apreendidos 200 mil euros em numerário, um prédio urbano, um automóvel, uma arma de fogo e diversos elementos de prova, salientou a PJ num comunicado enviado às redações.
Trata-se de um grupo criminoso organizado, ligado à prática dos crimes de burla informática, falsidade informática, acesso ilegítimo, branqueamento de capitais e associação criminosa.
"Os factos em investigação centram-se no modus operandi denominado de phishing bancário, na modalidade de smishing e vishing", lê-se na nota da PJ.
"Em concreto, os agentes do crime enviavam uma mensagem SMS com aparência de origem de uma Instituição Bancária contendo um texto padrão onde induzia a vítima a carregar num endereço eletrónico supostamente para evitar uma multa", detalha ainda o documento.
A PJ indica que as vítimas quando acediam ao link entravam diretamente num website semelhante à página do Banco e, uma vez na página falsa, forneciam as suas credenciais de acesso ao serviço homebanking.
"Seguidamente as vítimas eram contactadas por chamada de voz, por indivíduo que dizia ser do serviço de segurança do Banco, com o propósito de enganar a vítima a validar a transferência bancária ilícita realizada", frisa a PJ.
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