Esta queda foi registada a menos de três semanas da posse do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, que prometeu realizar deportações em massa.

Associações que disponibilizam apoio a migrantes:

JRS Portugal — O gabinete jurídico "tem como objetivo assessorar juridicamente os utentes no seu processo de regularização, bem como emitir pareceres e orientações técnicas internas em matérias de Lei de Estrangeiros, Lei de Asilo e legislação acessória". Saiba mais aqui.

Renovar a Mouraria — Centrada na freguesia de Santa Maria Maior, em Lisboa, esta associação ajuda com os processos de regularização de quem "vive, trabalha, estuda ou tem filhos que estudam" naquela zona. Conheça o projeto aqui.

Lisbon Project — Este projeto tem como objetivo "construir uma comunidade que integra e capacita migrantes e refugiados". Nesse sentido, tem também disponível um gabinete de apoio jurídico. Fique a par de tudo aqui.

Mundo Feliz — Esta associação ajuda os imigrantes no processo de regularização em Portugal e também na procura de emprego, entre outros serviços. Saiba mais aqui.

Linha de Apoio ao Migrante — Esta linha "tem como principal objetivo responder de forma imediata às questões mais frequentes dos migrantes, disponibilizando telefonicamente toda a informação disponível na área das migrações e encaminhando as chamadas para os serviços competentes". Contactos: 808 257 257 / 218 106 191. Mais informações aqui.

"Conseguimos uma redução de 41% no fluxo de migrantes que atravessam a selva de Darién", na fronteira com a Colômbia, afirmou Mulino no seu discurso de abertura das sessões plenárias do Congresso panamenho.

Segundo dados do Serviço Nacional de Migração, 302.203 pessoas cruzaram Darién em 2024, frente aos 520.085 em 2023.

A selva panamenha tornou-se um corredor para migrantes sul-americanos que tentam chegar aos Estados Unidos, a maioria deles vindos da Venezuela, mas também de Colômbia, Equador, China, Haiti, entre outros.

Nesta travessia, enfrentam perigos como rios caudalosos, animais selvagens e grupos criminosos que roubam, violam e matam, segundo organizações internacionais.

"De facto há menos pessoas, mas há mais meninas e meninos, mulheres e pessoas com deficiências. Seria possível evoluir para um cenário de menos volume, porém mais vulnerabilidade", alertou José Félix Rodríguez, encarregado da Federação Internacional da Cruz Vermelha nas Américas.

Rodríguez acrescentou que este declínio pode ser atribuído a mudanças "nas políticas de asilo e acolhimento" nas "medidas de regulação de fluxos migratórios" em diferentes países, mas advertiu que as políticas restritivas "não costumam parar a migração".

"Hoje estamos a trabalhar diariamente para que esta migração ilegal não chegue aqui à cidade [capital] ou ao resto do país", afirmou Mulino.

O governo panamenho atribui o declínio neste número ao encerramento de algumas trilhas na selva e à assistência de Washington, que financia voos de repatriação para migrantes mediante um contrato assinado em julho.

Com este programa, que inclui uma contribuição americana de  6 milhões de dólares, o Panamá deportou mais de 1.500 migrantes em voos para Colômbia, Equador e Índia.

No entanto, esta medida não inclui os venezuelanos, que o Panamá permite que sigam para os Estados Unidos visto que Caracas não permite voos procedentes do país centro-americano.

Há um "problema logístico com a Venezuela, mas os seus migrantes estão a avançar para o norte da América Central como deveriam e, é claro, respeitamos todos os seus direitos humanos", disse Mulino.

O presidente panamenho afirmou a 19 de dezembro que pelo menos 55 migrantes morreram e 180 crianças foram abandonadas enquanto cruzavam a selva de Darién em 2024.

As autoridades panamenhas suspeitam que o número de mortos pode ser maior já que muitos corpos não podem ser recuperados devido ao terreno inacessível ou porque são devorados por animais.