“Estamos a trabalhar para encontrar uma solução política na Síria que permita o regresso dos refugiados a sua casa, mas só deve ocorrer quando estiver garantida a segurança”, disse Merkel.
“O Líbano é um exemplo de convivência no mundo e atravessa circunstâncias difíceis, pelo que tem de ser apoiado, porque o acolhimento de refugiados é difícil para o país”, acrescentou, numa conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro libanês, Saad Hariri.
A chanceler afirmou em seguida ter afirmado aos responsáveis libaneses “que o regresso só pode ocorrer no âmbito de negociações e de um acordo com as agências da ONU”.
Hariri afirmou, por seu lado, ter transmitido à chanceler alemã a sua convicção de que “a única solução permanente para a crise dos refugiados sírios é regressarem em segurança e com dignidade à Síria”.
O Líbano, com uma população de cerca de quatro milhões, acolhe quase um milhão de refugiados sírios, segundo a ONU, 1,5 milhões segundo as autoridades nacionais.
No início do ano, as autoridades libanesas organizaram o regresso de cerca de 500 refugiados à Síria, sem a participação do Alto-Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR), que considera não haver condições humanitárias e de segurança na Síria para esse regresso.
Desse diferendo resultou, no princípio de junho, a decisão do ministro dos Negócios Estrangeiros libanês, Gebran Basil, de suspender as autorizações de residência para funcionários do ACNUR, acusando a agência de “assustar e intimidar” os refugiados sírios que optam por regressar à Síria.
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