Fonte oficial do BE adiantou à agência Lusa que esta reunião do órgão máximo do partido entre convenções será no sábado, no final do qual haverá a habitual conferência de imprensa da coordenadora do BE, Catarina Martins.
Hoje, e conforme noticiado pela Lusa, a Comissão Política do BE reúne-se com o mesmo propósito, ou seja, analisar os resultados eleitorais do partido nas eleições de domingo, cuja derrota e mau resultado foi já assumido por Catarina Martins.
Segundo os dados provisórios, os bloquistas caem de terceira para quinta força política em percentagem de votos (se a conta for feita em deputados passam mesmo a ser o sexto partido), tendo 4,46% resultantes dos 240.265 votos, quando faltam apenas apurar os resultados dos círculos da emigração.
No final das duas semanas de campanha, os objetivos do Bloco de Esquerda (BE) estavam bem traçados: manter-se como terceira força política, evitar a direita no poder e conseguir uma solução governativa à esquerda com um acordo de legislatura com o PS.
Na noite de domingo, estas metas saíram goradas — à exceção da derrota da direita – e as eleições foram um desaire para o partido de Catarina Martins que desde 2015 tinha 19 deputados e na legislatura que agora irá começar ficará apenas com cinco.
Com cerca de metade dos votos de 2019, o BE passa a ter representação apenas em Lisboa (dois deputados), Porto (dois deputados) e Setúbal (uma deputada) – todos círculos eleitorais em que perdeu mandatos -, deixando ainda de ter eleitos por Coimbra (José Manuel Pureza está de saída do parlamento), Aveiro, Braga, Santarém, Faro e Leiria.
É preciso recuar a 2002 – quando o partido tinha apenas três anos de existência -, para encontrar um resultado pior do que aquele que domingo foi expresso pelos votos (então 2,75% e 149.543 votos).
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