“O Brasil, digo sem medo de errar, está deixando para trás uma severa crise. Temos levado adiante reformas que não se viam no nosso País há muitos anos. É uma agenda que está trazendo de volta investimentos e recuperando o crescimento”, declarou Michel Temer em Oslo, onde cumpre uma visita oficial de dois dias.
“Conto enormemente com o apoio do Congresso Nacional para reformas inadiáveis que estamos fazendo. E sem cujo apoio nós não conseguiríamos levar adiante essas reformas”, completou.
Michel Temer tentou passar confiança aos investidores estrangeiros enquanto no Brasil os seus advogados contestam nos tribunais locais denúncias feitas por empresários da empresa JBS, que disseram à Justiça do Brasil que ele é o líder de um grupo de políticos envolvidos num vasto esquema de corrupção.
Sem falar nos problemas que enfrenta em casa, o Presidente brasileiro enfatizou o novo modelo de privatizações e de concessões que está sendo aplicado no país sul americano, principalmente na área de petróleo e gás.
“Atualizamos o nosso quadro regulatório na área de petróleo e gás. A nova lei do pré-sal [grande reserva ultramarina de petróleo do Brasil] dá mais racionalidade ao setor e diversifica as possibilidades de parceria. Contamos com a participação, naturalmente, de empresas norueguesas nas próximas licitações”, disse Michel Temer.
A Noruega é um dos principais parceiros do Brasil no setor de petróleo e gás.
Das 150 empresas norueguesas presentes no Brasil, 75% atuam na indústria de petróleo e gás e na indústria naval, segundo informações divulgadas pelo Governo brasileiro.
A Noruega foi o oitavo maior investidor no Brasil em 2016, com aportes na ordem de 2,1 mil milhões de dólares (1,8 mil milhões de euros).
Já o comércio bilateral alcançou 1,3 mil milhões de dólares (1,1 mil milhões de euros) no ano passado, com as exportações brasileiras a alcançar 733 milhões de dólares (657,5 milhões de euros) e as importações o montante de 539 milhões de dólares (483,4 milhões de euros).
Além dos temas económicos, a proteção ambiental também será um dos assuntos relevantes da visita do chefe de Estado brasileiro à Noruega.
Nesta semana, membros do Governo do país europeu declararam publicamente que têm grande preocupação com propostas que podem reduzir a proteção de unidades de conservação na Amazónia.
A Noruega é um dos principais parceiros do Brasil na área de proteção ambiental e de desenvolvimento sustentável.
Entre 2009 e 2016, a Noruega investiu cerca de 2,8 mil milhões de reais (750 milhões de euros) no fundo Amazónia, criado para proteger esta floresta.
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