Temer, que deixou a vice-presidência para assumir o cargo de Presidente do Brasil em agosto 2016, após a demissão de Dilma Rousseff, vai deixar e entregar a função, em janeiro do próximo ano, ao vencedor das eleições presidenciais de 07 de outubro.
De acordo com as últimas pesquisas, a popularidade do atual Governo não excede os 4%, o mais baixo para um Presidente desde que o Brasil voltou à democracia, em 1985.
Já as intenções de voto do candidato presidencial que representa o partido de Temer (PMBD), o ex-ministro das Finanças Henrique Meirelles, estão limitadas a 2%, o que o coloca como o oitavo na lista de favoritos.
Como Temer tem apenas quatro meses no cargo, a sua participação no desfile de hoje foi a sua última enquanto Presidente, naquele que é considerado o evento mais patriótico no Brasil, e em que os chefes de Estado costumam fazer o circuito num automóvel descapotável para receber os aplausos do público.
Porém, o impopular governante absteve-se de utilizar o carro da marca “Rolls-Royce”, pertencente à Presidência, em que tradicionalmente desfilaram os seus antecessores, e optou antes por um veículo oficial de vidros escuros, que o deixou junto ao lado do palco construído para as autoridades.
Temer foi acompanhado pela sua mulher Marcela e pelo seu filho Michelzinho, de 9 anos, para o palco improvisado na Esplanada dos Ministérios, a ampla avenida, em Brasília, onde estão localizadas a sede da Presidência e do Supremo Tribunal Federal, o Congresso Nacional e os edifícios de todos os ministérios.
O governante encabeçou o desfile comemorativo dos 196 anos de independência do Brasil acompanhado por 11 dos seus ministros e pelas principais autoridades civis e militares de Brasília.
De acordo com a Presidência, cerca de 30.000 pessoas estiveram hoje presentes na Esplanada dos Ministérios para assistir ao desfile, em que as três forças armadas e agências de segurança exibiram alguns dos seus equipamentos.
O desfile foi aberto por alunos e bandas juvenis, seguidos a pé ou em veículos por membros da Marinha, Exército, Força Aérea, Polícia Federal, Força Nacional de Segurança, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros.
As atrações mais aplaudidas foram as pirâmides humanas montadas por soldados em motas e a exibição feita por um esquadrão tradicional de aviões da Força Aérea que fizeram acrobacias aéreas, escrevendo mensagens de fumo no céu de Brasília.
O desfile prolongou-se por pouco mais de duas horas e foi concluído sem incidentes.
Segundo o jornal “Correio Braziliense”, a Secretaria de Comunicação da Presidência da República, que organizou a estrutura do evento, gastou 816,8 mil reais (cerca de 175 mil euros) com o desfile deste ano. Um montante superior àquele que foi gasto no 07 de Setembro do ano anterior, quando o desfile custou 787,5 mil reais (perto de 168 mil euros).
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