Esta nomeação representa um ponto de viragem histórico na província britânica com um passado marcado por três décadas de conflito sangrento.
O’Neill foi nomeada pelo Parlamento Stormont em Belfast, na Irlanda do Norte, que reiniciou hoje funções após dois anos de impasse ligado ao descontentamento sindical sobre os acordos comerciais pós-Brexit.
O executivo de Belfast estava sem funcionar desde fevereiro do ano passado devido a um boicote imposto pelo Partido Democrata Unionista (DUP) para pressionar Londres e Bruxelas a renegociarem os termos do acordo de saída do Reino Unido da União Europeia (UE) que mantêm o território alinhado com as regras do bloco comunitário para evitar uma fronteira física com a Irlanda, o que, na opinião deste partido, dificulta a circulação de mercadorias da Irlanda do Norte com o resto do Reino Unido.
Nos termos da co-governação resultante dos acordos de paz de 1998, a unionista Emma Little-Pengelly, empenhada em manter a Irlanda do Norte dentro do Reino Unido, foi escolhida como vice-primeira-ministra.
Em 2022, O´Neill levou à vitória eleitoral o Sinn Fein, antigo braço político do grupo paramilitar Exército Republicano Irlandês (IRA), algo inédito na Irlanda do Norte.
Contudo, foram necessários quase dois anos para que Michelle O’Neill assumisse o comando do governo local porque os sindicalistas, ligados ao elementos da Irlanda do Norte alinhados com o Reino Unido, bloquearam a assembleia local em Belfast.
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