“Os 58 migrantes a bordo do Aquarius serão transbordados para um navio maltês em águas internacionais e conduzidos para Malta”, escreveu o primeiro-ministro maltês, Joseph Muscat, na sua conta Twitter.
Posteriormente, o gabinete do primeiro-ministro francês confirmava um acordo entre a Alemanha, Portugal, França e Espanha para o repatriamento dos 58 migrantes socorridos pelos Aquarius.
Na sequência deste acordo, a França acolherá 18 migrantes, a Alemanha e a Espanha 15 cada um, e Portugal as restantes dez pessoas.
“De novo, foi encontrada uma solução europeia, humana e eficaz, que respeita dois princípios essenciais de responsabilidade e de solidariedade: o desembarque num porto seguro próximo e um acolhimento solidário das pessoas a bordo”, felicitou-se em comunicado o primeiro-ministro francês, Édouard Philippe.
O anúncio das autoridades de La Valetta seguiu-se à decisão prévia do Governo português, que tinha anunciado um acordo com a França e Espanha para acolher 10 dos 58 migrantes.
De acordo com um porta-voz do Governo maltês, esta operação decorrerá “logo que seja possível do ponto de vista logístico”. “O Governo maltês participa neste esforço numa base puramente humanitária”, acrescentou.
Segundo o Governo de Malta, e após os migrantes serem transferidos para um navio maltês, o Aquarius prosseguirá a sua rota em direção a Marselha (sul da França) “para regularizar a sua situação pelo facto de o seu pavilhão ter sido retirado”.
De acordo com duas ONG envolvidas neste cenário de crise – SOS Mediterrâneo e Médicos sem fronteiras (MSF) –, o Panamá retirou o seu pavilhão ao Aquarius após pressões das autoridades italianas.
Na manhã de hoje, o Governo francês tinha sugerido que o Aquarius desembarcasse os 58 migrantes em Malta e não em Marselha, o primeiro porto ao qual foi pedida autorização, informou fonte do Eliseu citada pela agência noticiosa France-Presse.
O navio, fretado pela SOS Mediterrâneo, percorre o mar para recolher migrantes que tentam a travessia clandestina em direção à Europa.
Em junho, o Aquarius já tinha estado no centro de uma crise diplomática, após ter recuperado 630 migrantes ao largo da Líbia, e desembarcados em Espanha após a recusa da Itália e Malta de os receber.
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