O texto, subscrito até ao momento por mais de 50 pessoas onde se incluem deputados, músicos, académicos ou jornalistas, considera que a existência de campos de detenção junto à fronteira entre os Estados Unidos e o México “ofende os mais elementares princípios de humanidade” e denuncia uma medida destinada a “dissuadir os fluxos migratórios para os Estados Unidos”.

Sob o lema “Famílias Unidas, Não Divididas”, os signatários apelam a uma manifestação para as 19:00 de quinta-feira no Largo Camões, em Lisboa.

“Manifestamos a nossa indignação e protesto veementes contra esta política desumana e indigna de qualquer sociedade civilizada e democrática, e exigimos que estas famílias sejam reunidas e livres de prosseguirem a sua vida”, assinalam ainda os promotores.

Ainda hoje, o chefe da diplomacia do México, Luis Videgaray, definiu hoje de “cruel e inumana” a política migratória do Estados Unidos que implica a separação dos filhos dos imigrantes de seus pais.

De acordo com números oficiais divulgados segunda-feira pela administração do Presidente Donald Trump, e que demonstram uma aceleração desta prática, mais de 2.300 crianças e jovens migrantes menores foram separados das suas famílias na fronteira com o México em apenas cinco semanas, na sequência da aplicação pelo Governo norte-americano da política de “tolerância zero” e que implica tratar como criminosos os indocumentados que entram no país.

Apesar dos protestos generalizados, Trump tem reafirmado que não permitirá que os EUA se tornem num “campo para migrantes”.

Na segunda-feira a ONU denunciou a medida como uma política “inadmissível” e “cruel”.